segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Só um pouco de boa língua...........

“Surpreende-me” (Muito Mais que um Anjo)

Não quero que desapareças*
Por favor
Não me deixes por favor
Não quero que desapareças, por favor…
Não me causes dor, por favor
Era preferível passar sem ela
Não me causes dor oh por favor…
Eu vejo amor
Onde não o há
Não há nada com que me importar
Só a ti é que não quero causar dor…

Pensei que era mais especial
Até tu dizeres: “não”
E eu dizer “está bem, não faz mal”
Pensava que os homens não choravam
Até ficar toda a noite a chorar
E, ao primeiro raio de sol, ainda lágrimas brotavam.

Pensava que tinhas maravilhosos poderes de observação
Mas vês só o que não há e não vês o que há…
Mas que confusão…

Podes ser uma princesa, uma deusa ou mesmo uma estrela no céu
Mas, por tudo o que há, um anjo é que não…
Porque para mim os anjos são de morte
Não me dão motivos para dizer que sou cheio de sorte.
Espreitam-me à noite, vejo as suas sombras por trás da porta
Esperam que eu caia na tentação de me meter pela perdição

Mas só um sorriso basta para que eu fique por cá…
Um sorriso teu é tudo o que bastará…

Não quero que me deixes, que ideia
Onde a foste tirar?
Não quero que me deixes de qualquer maneira
Sempre que eu falo curto e irado
Não quero que me deixes
Onde foste tirar isso depois de tudo o que temos passado?
Porque eu não sou como os outros

Aconteça o que acontecer
Tudo o que houve está lá, continua a haver
E só há aquilo que tu quiseres

Esqueci a obsessão,
A paixão,
O desejo e o anseio,
Passei para o fazer e ser feliz

Porque para mim era nisso que consistia o amor
Pensei que estava no caminho ideal
Porque causa o amor afinal tanta dor
A este animal?

Pensei que podia fazer esquecer o teu passado e dar-te um futuro novo
Mas só estraguei o meu presente e acordei o meu passado, de novo
Mudaste de direcção sem me avisar
E eu continuei pelo mesmo caminho, até me esbarrar
Apesar de toda a preserverança
Os obstáculos eram demais
Para toda a esperança

E agora que fazer? – pergunto eu
Que devo eu sentir
Quando nem as pontas dos dedos me respondem…
Repousam nas cinzas de um cigarro
Não se sentem a queimar
Sentem uma enorme vontade sim, de voar

­

É tudo igual agora
Não me importa agora
Amigo ou inimigo
É
tudo igual no fim

*ora consta que desapareceu mesmo; é pena