domingo, 24 de maio de 2009

Senhores da Verdade

O Amarantino. Não é só o residente da cidade de Amarante. É humilde, lutador e combativo, sem medo e com valores. Quando pressionado é duro e ríspido. Mas é assim devido às suas raízes sempre do lado do povo e em prol da defesa da razão. Numa forma o mais pura possível é assim que se descreve este género português. Um autêntico nortenho. E os nortenhos são acusados de bárbaros bairristas sempre em guerra contra o sul. Mas em verdade sseja dito que o nortenho nunca ataca sem que seja em sua defesa.

No passado dia 22, assistimos a um autêntico espicaçar de um amarantino. Natural da freguesia de Vila Chã do Marão, António Marinho Pinto foi um homem que soube trilhar o seu caminho com humildade e força no seu trabalho, ocupando agora, "e de forma democrática", o lugar de bastonário da Ordem dos Advogados. E o que deve fazer esse "gão-chefe"? Deve defender a qualidade da sua classe, os justos da sua casa e, acima de tudo, o bom funcionamento da justiça do país que ama e representa.
Na verdade, a grande maioria dos portugueses reconhece a podridão presente nestes vários aspectos. Mas quem o diz? As televisões sensacionalistas só denunciam alguns, como se os outros não lhes importassem; os que rodeiam os perpretradores fecham-se em copas e em "não me lembro de tal", "desculpe mas é algo que não lhe responderei por aqui", etc. Era preciso vir um filho do Tâmega denunciar tais coisas? Ele sabe, como todos nós, como isto anda. Conhece o meio melhor que muitos. Sabe em quem falar, quem vai estrebuchar com denúncias e críticas.
A verdade - aquilo que mais importa - é que ele critica e denuncia quem realmente é suspeito. Duvida de tudo o que é duvidoso. Defende os bons advogados repudiando os que dão mau nome. É mentira alguma que há advogados corruptos? Se todos sabemos que é verdade, porque vêm aqueles com penteados "betinhos", sorrisos cínicos e sotaques cuidados dizer que não é pa dizer tais coisas, que lhe fica mal? Têm medo de ser incluídos em tal verdade? Têm lá o nome?
No fundo temos a alienação dos que não querem sujar o seu nome e dos que têm divergências políticas desde campanhas eleitorais para a Ordem contra este homem que defende princípios. São os senhores que não suportam ver um pastor do Marão senhor de uma razão que devia ser moldada à imagem deles. Pois, mas a razão é dOS homens e não de UNS homens.

É pena tudo isto. E é pena também esta televisão sensacionalista que temos. A raça amarantina pura levou-o a ferver em pouca água, mas não mentiu em nada do que disse. Temos jornalismo mal feito, prevalece o sensacionalismo ao invés dessa que é a profissão verdadeiramente mais velha do planeta. Quando temos jornalismo que quase manipula as transferências de um clube, que denuncia e inventa casos escandalosos contra outro clube, escondendo os desse primeiro clube, que denuncia e enterra um ministro por três meses e tenta safar outro por quatro anos, quando ganha audiências com todo o género de notícias negativistas em plena hora de refeições.

Sou suspeito deste texto, porque sou um conterrâneo nortenho, mas defendo cada palavra deste homem neste momento em especial. Se aos senhores lá de baixo lhes custa ouvir tais palavras, a mim não, pois estas verdades não me atingem. Força a todos os que defendem as verdades e que denunciam a corrupção verdadeira e não em histórias de adormecer que só alguns acreditam. Eu não digo "não sei do que fala; não lhe vou responder a essa pergunta por aqui". Eu digo "sou inocente". Apoio a denúncia da corrupção. É a chave para salvar este país.

sábado, 2 de maio de 2009

Estado de medo

"O Pinóquio despistou-se no Alto de Espinho!". "Está certo. Levamos então uma ambulância e atiramo-lo de uma borda abaixo lá no meio do Marão!".

Ora aqui temos o relato da fala sonâmbula de um bombeiro da zona do Marão durante o descanso de uma das várias noites de serviço. Relata uma suposta assistência a um acidente na IP4 relacionado com o eng.(?) Sócrates. E diga-se desde já, o sentimento dos outros bombeiros não difere muito!

Começo a ter medo. A sério que sim. E, desbocado como sou, nem pareço ter medo a muita coisa. Mas a verdade é que tenho. Onde vivo eu?
Aquele que, por sufrágio (choradinho) conquistou a posição de primeiro-ministro português está envolvido em várias questões que levantam dúvida. E não se passa nada. Vejamos: parece que a sua licenciatura como engenheiro não foi de confeção regular. A mesma coisa de comprar um vinho do Porto numa cave em Gaia e outro numa cave em Espanha. Pouco sei a respeito desta questão. Mas consta que terá "comprado" o seu diploma (que foi passado a um domingo!). Adiante. Há a questão relacionada a algo ilegal na câmara da Guarda... Já nem me lembro do que era...
Temos a nova questão do freeport. É tudo com todos menos com ele.
Em que ficamos então?

Às vezes tenho medo de me perguntar a mim mesmo: "E se fosse comigo?". Acho que estava preso à barra dos tribunais e, face a tais provas, ou arranjava bons advogados ou estava na cadeia. Mas, pasme-se, este senhor não. O seu discurso de uma suposta "campanha negra" de inocência por si só basta. Está em algum ponto da Constituição que a palavra do P.M. vale de contra-prova? Não seria preciso uma investigação como com qualquer um? Não há provas públicas de que ele pode ser mesmo um corrupto nesse caso freeport? Não falo de umas escutas telefónicas onde a linguagem dos intervenientes é mal interpretada como com o caso do Presidente do F.C. Porto. Falo de um suposto vídeo onde alguém confessa o seu envolvimento e o envolvimento do, então, ministro do ambiente.
O Dr. Santana Lopes, com muitos menos erros, só por ser um boémio viu o seu governo destituido. Todos os governos têm as suas coisas más. Na altura do Santana, estavam a filtrar só as más, "arrumando" com o pobre do homem. E, sr. Cavaco Silva, que também teve coisas más mas que admiro pelas boas, não podia fazer algo mais face à nossa situação?
Não falo só destes escândalos. Apesar de que, por si só, já deviam ser suficientes para tirar a credibilidade a este senhor. A governação é má. A educação e a saúde empobrecem. A indústria desmorona-se. A crise mundial não deve ser a única desculpa para tal problema, pois ainda há dinheiro para que assessores com menos habilitações que alguns desempregados ganhem dinheiro como cabelo, para dotar a assembleia da República com obras e carros no valor de milhões...

A mais recente manobra, digna de um filme, foi a operação de interrogatório a miúdos de uma escola em Fafe que organizaram um protesto contra a Ministra da Educação. Uma autêntica acção a la PIDE (sem tortura - era o cúmulo). Onde é que já se viu?

Esperei, na noite de 24 para 25 de Abril, que desse alguma música simbólica na rádio (uma "Sem eira nem beira" talvez) e que alguém fizesse algo. Mas cansei-me de esperar. Porque é o que todos fazem: esperam que alguém faça algo e não fazem nada. Só sabe fazer política e não governação. Somos governados por possíveis corruptos e ninguém investiga isso a fundo. E ele lá pede mais votos, uma maioria absoluta. Continua a dizer que é inocente e um santo, como se estivesse a querer acusar os outros partidos políticos de difamação, uma campanha de "bota abaixo" sem propostas de recuperação para o país. Baseia-se nas básicas coisas boas que fez, esquecendo as péssimas coisas más que deixou para trás. E, enquanto a democracia for exercida por eleitores na sua maioria cegos por uma côr política, que difundem esta máxima, sendo sempre a mesma eleição de quatro em quatro anos, assim continuaremos. Tenho pena.