terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pela Ordem e Pela Pátria (O Vizinho) - Última Parte

E toc toc toc - o agente Tirólinhas bateria novamente na parede para inibir mais uma vez o jovem músico de estudar - ora porra…

“E porque eu trabalho a turnos, e porque eu preciso de descansar, e porque eu sou polícia, blá blá blá”… QUE BESTA!!!!!
Já tiveram aquela sensação de que quanto mais uma pessoa fala mais vontade têm vocês de lhe partir a cara? A ele e ao porta-chaves do Óscar…

Mas como tudo na vida, às vezes é preciso saber ceder para evitar chatices maiores, e assim ele continuará sempre nos nossos corações como sendo o pior vizinho de sempre, o mais mandão, o mais feio (com aquela cara oval e com os incisivos de fora, magríssimo, alto, esquelético, branquinho), o mais estúpido, o mais insensível (pareço o Sr. José Castelo Branco a falar)…
Houvesse em Portugal um Óscar feito de m*rda a atribuir ao pior Polícia seria certamente a esta peça, apesar de ele já ter um Óscar numa forma canídea, logo, eles merecem-se bem.
A única coisa em comum entre ele e este texto será o facto de ambos serem uma bosta…

PS: Hoje o Jovem Músico acordou ao suave latido do brilhante Óscar, sempre protegendo o seu palácio, ladrando ao vento…. ROU, ROU, ROU!!!!!

Blogs recomendados

É preciso ter muito azar. Mas mesmo muito azar. A sério... Calhar neste blog é um azar de 1 em 500.000,00. Como é que alguém acerta nas combinações de letras no link para calhar aqui? Tanto blog para calhar! A sério. Isto aqui não tem nada de jeito. É uma bosta de um blog. Pior que isto só o site do slb ou de blogs de fãs dos Morangos com Açúcar. De resto. A sério, digam lá. Que tem este blog de jeito? Se ainda tivesse fotos da gajas nuas, ainda que os textos não valham nada... Nem isso.
Assim sendo, este blog terá, a partir de agora, uma menos-má-valia. Estarão disponíveis três hiperligações para três blogs de colaboradores que a gente não conhece de lado nenhum. Assim já podem salvar o dia. Passo a descrever:
  • O Conto Perdido - uma autêntica saga. Um blog sem actividade já, mas que em tempos foi um ícone da comédia escrita em Amarante. E tudo começou de um trabalho de expressão escrita livre no 12º ou 11º ou até 9º ano. Agora nem sei.
  • Cara Cool Acelerado - epah. A gente diz mal. Mas não sabe nada. Este aqui sabe tudo o que diz. E, para além do mais, escolhe imagens mais elucidativas e ilustrativas do que diz. É simplesmente alguém que sabe o que diz, algo raro neste rectângulo com dois arquipélagos "cagados".
  • Pensar-Doença - este é uma autêntica descoberta. Uma tese que pode contrariar tudo o que se pensou até hoje. Algo que nos deixará de boca aberta. Em S. Martinho do Campo (Famalicão, e não Valongo) também se pensa. Assim, neste blog, encontrarão pensamentos e reflexões, que no fundo são o objectivo de um blog, na sua essência. São coisas que passam pela cabeça ao mais comum dos humanos, mas que só alguns sabem expressar e, até, escrever.
E pronto. Está tudo dito.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Top 69

Chegou a lista do top 69. Nesta lista estão, por ordem de preferência, as coisas que um tertuliano nunca faria na vida, ou pelo menos a vontade. Não dá com nada, não tem piada nenhuma. É a realidade nua e crua (epah, se for boa, fica bem assim) da vida de alguém que a não fazer nada já se cansa. E tinha ficado melhor assim.
  1. Ser do Benfica
  2. Ser benfiquista
  3. Ser lampião
  4. Ser do clube da galinha
  5. Ser do clube encarnado e rosa
  6. Ser da Lixa
  7. Ser cão
  8. Ver os morangos com açúcar
  9. Deixar a música
  10. Ser homossexual
  11. Viver em S. Martinho do Campo
  12. Ser do Sporting
  13. Seguir assiduamente as novelas da TVI
  14. Participar num reality show
  15. Ouvir o Mickael Carreira
  16. Comprar algum cd dos D'Zrt
  17. Beijar os pés ao J. Sócrates
  18. Ouvir Tony Carreira
  19. Tocar repertório de Banda filarmónica de Ilídio Costa
  20. Ler imprensa cor-de-rosa e social
  21. Ler a revista Caras - é a mesma coisa
  22. Rebaixar-me a uma mulher
  23. Levantar-me do sofá para ir lavar a louça
  24. Ter fantasias com a Paris "Plastic" Hilton
  25. Saír com os amigos e beber uma pepsi - ou cerveja ou nada
  26. Rejeitar uma cerveja - Sim, sim...
  27. Falar como os adolescentes falam - "Yo 'tá-se bem "chvalo"... 'Tá-se totil..."
  28. Falar com sotaque do sul
  29. Aturar os ditos "avec"'s - quem os atura?
  30. Enra*ar um cão - que nojo!
  31. Tocar na Banda dos bêbedos - descubram qual é...
  32. Tocar numa Banda da Maia - tzim ta ta ta ta ta ta ta tzim tzim...
  33. Ver o Disney Channel e a Hannah Montana
  34. Respeitar aqueles totós que se vestem de negro para chatear os caloiros das faculdades
  35. Vestir-me como eles
  36. Jogar daqueles jogos em rede que só os "nerds" de informática conhecem
  37. Tocar oboé
  38. Ser um pato
  39. Tocar clarinete esganiçado - entenda-se oboé
  40. Tocar violino
  41. Ouvir música rap ou hip-hop (gajos com sotaque do sul a dizer que são injustiçados, quando andam sempre aos tiros a alguém inocente)
  42. Porra, ainda não acabou?
  43. Fazer aérobica
  44. Ler as crónicas do Rui Santos
  45. Ter fantasia com a Nicole Kidman (boca no queixo pah?)
  46. Deixar de ver o Rambo (lenda do cinema)
  47. Deixar de ver o Rocky (já estás a exagerar)
  48. Comer Snickers (bahhhhhhhhhhhh, que enjoativo)
  49. Ir para um coro - era só o que faltava
  50. Traír a namorada - se a escolhi é porque ela é a melhor
  51. Dormir com os pés destapados - epah, esquisitices
  52. Ir a Gondomar - era só o que faltava
  53. Ir a Ermesinde - oh outra
  54. Ir a S. Martinho do Campo - já se disse mas vale a pena relembrar
  55. Ter sexo oral - imaginem o que é que eu comia durante os linguados...
  56. Andar de brinco na orelha, com calcinhas apertadas abaxo do cú e camisola de decote em triângulo até aos mamilos - ver número 10
  57. Atirar-me do tabuleiro superior da ponte D. Luís - e ia acertar com os cornos no inferior... 'tá quieta
  58. Atirar-me de outra ponte qualquer - também era o que faltava
  59. Ir ao estádio da luz
  60. Tocar um instrumento de cordas
  61. Ouvir Mika
  62. Ir a Aboadela tocar - nunca mas nunca mais
  63. Gastar um dinheirão num telemóvel de última geração - mas para quê?
  64. Considerar o oboé um instrumento, é só um cano sem aproveitamento para a pichelaria
  65. Está quase
  66. Abandonar um amigo (está no fim mas é importante... É sim...)
  67. Deixá-lo mal
  68. Esperar algo que nunca acontecerá
  69. Conter um peido - perdoem-me a expressão

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Então pá?

"Eu nasci à Sexta-Feira
De barba e cabeleira
Mais parecia um Anti-Cristo.
Que até o Senhor Padre Cura,
Que é homem de sabedura,
Nunca tal houvera visto..."

Esta já existia. Já é antiguinha. Era coisa que já existia ainda andavam nossos pais de um lado para o outro pelos deferentes. Muita coisa existe e não deixa de existir. Tal como a raça humana. Apesar da teoria que nos vamos destruir uns aos outros... Ninguém para de "dar ao galho" e não param de vir crianças. Mesmo aqui neste pedaço de excremento à beira mar plantado, governado por um bando de outros tantos excrementos. E o que se passa? Muitos desses meninos não podem gastar as energias como antigamente, em que os seus pais os mandavam para o campo trabalhar e para a montanha passear bois e ovelhas, como ainda se faz lá em S. Martinho ou Zezinho ou lá o que é de não sei de onde. Nada disso. Hoje em dia o menino fica em casa até entrar para o infantário. Depois entra para a escola, só faz mer... Pronto, asneiras. Leva reprimenda do professor e no fim os paizinhos vão lá buscá-lo, fazem cara de maus para o docente e, chegando a casa, para o menino ultrapassar o trauma, oferecem-lhe uma playstation. A vida prossegue e, nas férias, o rebento fica dias atrás da televisão a jogar na dita consola. A energia acumula-se e, diz o psicólogo, o puto fica hiperactivo. Ora, que dá aos pais para fazer?
Meter o rapazito na terapia da moda: música. E como "o meu filho é especial", tem que ir para um sítio do melhor. 'Bota meter o ganapo no Conservatório logo para o preparatório.

E, na mui nobre e sempre leal invicta cidade do Porto, houve outrora um palácio transformado num Conservatório, único e prestigiado. Os estudantes que aí andavam respiravam música. Os dias eram passados calmamente ao som da música de estudos, aquecimentos e peças que iam saindo das salas onde se estudava música. A vida ganhava tom mais humano quando os estudantes confraternizavam, criando amizades com as quais se realizavam grandes concertos, que ficavam marcados tanto na memória de quem os fazia como dos espectadores, que eram muitos mais que meramente os amigos e família dos músicos. Desde estágios, a projectos, a audições... O Conservatório de Música do Porto mostrava toda a sua classe.

Até que veio a invasão. Monovolumes cheios de gente com média de idades de 15 anos (devido à presença da mãe ao volante) invadiriam as imediações do palacete. Quando as portas se abriam, dezenas de meninos fardados dos mais variados colégios da cidade invadiam o edifício, uns atrás dos outros, barulhentos e brincalhões como toda a criança deve ser... Mas barulhentos. Seguindo a infantaria, vinha a cavalaria. Quando finalmente os meninos entravam nas suas salas para as suas aulas, os corredores ficavam infestados dos seus pais, não havendo um único canto vazio. Nem sequer os lindos jardins, onde amigos conversavam, casais namoravam, alunos ensaiavam e... Agora os meninos gritavam e atiravam pedras e paus para o lago enquanto seus pais se sentavam a olhar para os lados e para a frente. As audições (de música barroca em especial), que exigiam silêncio, tinham som de fundo de autêntico recreio. Mas os alunos que já lá andavam amavam a música mais que tudo, e nada lhes tirava a concentração e motivação para o que faziam. Até porque ninguém tinha essa intenção.

Vantajosa por melhoria de condições e desvantajosa pelo significado que teve, o palácio iria ser trocado. Uma nova escola iria acolher os aprendizes de música. A única desvantagem mesmo significativa seria a mistura do ambiente harmonioso com a rebeldia de autênticos "morangos com açúcar" da escola secundária que faria paredes meias. Pior para alguns, o ensino supletivo aproximava-se do fim, dando lugar quase exclusivo ao integrado. Era uma nova época a nascer, em que o ensino exclusivo de música certamente iria fazer evoluír a música em portugal. Perdão, esqueci-me que se escreve em maiúsculas. Mas esquecia-se do amor que os do supletivo mostravam e nutriam, mesmo tendo entrado relativamente mais tarde. Esqueciam-se que a maior parte dos grandes músicos veio do supletivo. Esqueciam-se que o conhecimento musical é a coisa mais perfeita do mundo e que todos tem direito a isso.

E a invasão começava assim a consumar-se. O Conservatório, maior, era agora mais barulhento, os empregados não tinham mãos a medir com as crianças e, mesmo com mais salas, os sobreviventes do supletivo quase não arranjavam onde estudar. E, numa questão de dias, os paizinhos já estavam de novo nos corredores da instituição.

Fica assim mais um relato do preço do progresso. Esquecem-se uns como se fossem dinossaurios a abater e fora do seu tempo e elitiza-se cada vez mais este país. Duro, seco e sem piada. É o lado mais sério da má língua. Mas, tal como alguns têm que gramar com tudo, nós também temos que ouvir de tudo. E este texto é dedicado às gentes de Barca - Maia, que ainda assim têm lá um monumento exemplar no exaltamento do país que temos hoje - têm um estábulo de bois. Talvez o seu conteúdo represente os "heróis do mar" que hoje dirigem os nossos destinos.

Era o vinho, meu Deus
(hic) Era o vinho
Era a coisa que eu mais
(hic) Gostava

domingo, 21 de setembro de 2008

O D'artacão

Todos nós nos devemos lembrar na nossa infância quando dava aquele simpático cãozito, de seu nome D'artacão, que queria ser "moscãoteiro", cujo nariz ficava vermelho quando se irritava, e lá foi ele para Paris, pra tentar concretizar o seu sonho.

À parte disto, os verdadeiros mosqueteiros usavam uma bermudas com uns collants até ao joelho (coisa apaneleirada do período Barroco), uns chapeuzinhos todos espampanantes, sapato de tacão… assim eram os "militares" do sec XVII.

Agora basta imaginarem o traje académico da Universidade do Minho

Há uns dias andava um tertuliano na universidade do Minho a tentar fazer a sua matricula, esperando em filas intermináveis, indo buscar impressos ao quinto lugar mais velho (não, não era a S. Martinho do Campo) quando vem um grupinho… um bando… de bêbed…. Perdão... de estudantes universitários trajados, e um dos doutorzecos pergunta:

- Caloiro!!! Eh Caloiro!!!

- Que é que queres ó.. ó… mosqueteiro!!! (ganda boca)

- Qual é o teu curso?

- Música!!

- Quem me ta a dar música es tu, afinal qual é o teu curso!!!

- MÚSICA Ó D'ARTACÃO!!!!!!!!! (Queria dizer D’Artagnan, mas no momento foi o que saiu).

Foi preciso um outro enlutado dizer ao doutorzeco que o curso de música tinha aberto este ano.

Enfim

Moral da História: Se os estudantes trajados do ensino superior do Porto são conhecidos morcegos, porque raio os do Minho não hão de ter um nome??

Portanto, de agora em diante, os estudantes da Gloriosa Instituiçao da Universidade do Minho serão conhecidos por : OS DARTACÃES.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Que é agora? (desdobrado)

Só para dizer que o texto em baixo foi pensado durante uma sessão em que o autor estava sentado num certo banco sem fundo da casa de banho. A raiva deve-se então ao facto de ter estado a puxar nesse momento. As mais sinceras desculpas para quem gostou ou ficou indiferente e a promessa de fazer ainda pior para quem não gostou ou se sentiu ofendido.

Que é agora?

Eu venho de Paranhos
Minha mãe não gosta de leite
Meteu-mo pelo nariz abaixo
Esbranquiçou-me os ranhos

Ora que é isto pá? Que é isto? Que é esta m*#@§ ca$%@«o? "Atão? Anda aqui um gajo na boa... Tipo, a dar o cabedal, farto de trabalhar... Para chegar aqui e deparar-se com isto? Mas como é que é então? O filho da p#@& não dá duas notas e anda com esta moral toda? Aliás, dá duas notas sim, mas fora do sítio. Ele anda a fumar ganza ou quê? Ai fogo!
Um gajo passa uma vida inteira a trabalhar como pode para ver se evolui. Andamos a vida em estágios de bandas, "cadelas" e "laikas" e projectos de uma vida para chegar um destes com o queixo todo empinado a falar connosco com tom de troça como se só ele dominasse a situação? E o gajo só anda há meia dúzia de anos nesta m%&#"!

Todos damos mérito a quem o merece. Quem é excepcional é-o e acabou. Merece o mérito pelo trabalho e/ou pelo seu talento. Mas quem toca 100 e se convence a si e aos outros que toca 1000... E olha para tudo e todos como se tivesse que baixar a cabeça para tal. Como se estivesse lá no topo de tudo. E todos acenam que sim para ele e baixam o bico. Mas que é isto? Retórica elementar. É a cambada de gargantas fundas e finas e de "cala e ouve"'s que temos neste país que, uns têm ideias retrógadas, os outros dizem ámen. Mas isto fica para outra história.
Voltando ao assunto. É uma ilusão. Vive numa ilusão própria, colocando-se no topo do mundo, ainda que possa não o querer - é quase patológico - e os outros apoiam essa ilusão, criando um ídolo que se diverte no seu próprio ridículo. Vai a dar conta e os que só falam, como eu, estão no mesmo sítio, os dos amens estão a andar para trás, os humildes estão a dar o exemplo, e o ídolo... Está no ponto de partida.

E os dias passam assim neste marasmo de córgea e as garrafas aparecem vazias. Um gajo dá-lhe a sede e vai a ver só tem ar. Mas que é isto? Olha. Lambe o gargalo.

A minha sogra gosta de vinho
Por dia bebe mais que um garrafão
Seja tinto, maduro ou verdinho
Ela bebe até caír ao chão

Um abraço e beijo lá para S. Martinho da Anta ou do Campo ou do Quinto lugar mais velho. Sem eles este texto era exactamente a mesma coisa. Mas vale o esforço. Também não é por causa deles que este texto é uma valente bosta. Mas fica pelo chupa-chupa.