quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Game Over

"Namoras comigo? É que eu amo-te!"
"Sim, meu amor!"
"Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!"
(Som de beijos)

Pois, é assim que tudo começa. Já aconteceu com muitos de nós, pelo menos os desvirginados. E lembramo-nos de tudo, sim senhor. Aquele primeiro beijo, aquele primeiro dia. E, para os restantes que nos guardam carinho... "Game Over".
A partir de agora, o nosso tempo passa a ser dedicado àquele ser delicado e carinhoso a quem jurámos amor. Aquela personagem que nos hipnotiza e nos dá aquele bocadinho de realização que ainda nos faltava. Aquela que nos encontrou quando estávamos prestes a nos perder.

Ficamos sempre ausentes durante algum tempo. Os amigos que se lixem. Nas poucas vezes que nos vêem até dizem "Esta gente começa a namorar e depois nem vê mais nada!". A alguns isto passa. Passado uns tempos já estão de novo a apanhar a bebedeira e a fumar uns "paivas", sem deixar de ter o tempo para a amada e para todos os carinhos e afins. Mas alguns não.

Se, naquela fase das falinhas, é difícil um amigo contactar-nos, em alguns de nós, esse contacto torna-se impossível. São as sms com longos períodos de espera até à resposta, são as mensagens via Internet sem resposta alguma, são planos de amigos sem qualquer possibilidade de acontecer, pois o tempo é exclusivo para a amada... Numa questão de meses, parece que morre muita coisa.
Mas afinal, o que é isto do amor? Uma requisição, uma aquisição, uma restrição, uma hipnose sem cura? Dizei-me por favor.

Começo a formular uma teoria. Passo a explicar:
  • As crianças trissómicas e exibicionistas começam a namorar até não dar em nada. Acaba.
  • Os adultos com cabeça amam-se para sempre, talvez, mas alguns desaparecem do mapa-mundi.
Eis a realidade. E eu gostava de entender, mas esta coisa redonda enferrujada de cabelo não dá para mais. Faz de mim um iluminado, deus Eros, porque eu não percebo muito de bola. Ou esta bola é tão difícil de prever como a malograda Jabulani.