sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cada vez que ele fala...

Já ninguém o pode ouvir. Cada vez que ele fala alguém fica com o estômago às voltas. Pica sempre alguém. Serve-lhes sempre a carapuça. O presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, responde às perguntas e usa da ironia para analisar os momentos do seu clube e dos outros que lhe fazem frente. Tudo muito banal. Não fosse a genialidade com que o faz, provocando a agitação entre terceiros. Depois, vêm dizer que ele só se preocupa com os outros, por isso esses outros é que são grandes e tal. E quando esses outros só falavam no Porto, a dada altura, quando tentaram ir caprichosamente UEFA Champions League? Pois, aí ninguém se lembra. Só eles é que podem falar de quem lhes apetece. Este aqui não. Já lhes dói.

O homem faz as suas análises ao estado do clube, as boas contratações e vendas que efectuou, os resultados crescentes que têm aparecido, os ataques de outros ao seu clube e o estado dos adversários directos que, obviamente, são importantes. E, após isto, parece mais que tinha em suas mãos uma metralhadora super-potente que disparou tiros para todos os lados. Após tal efeméride, vêm os aleijadinhos mandar vir magoadinhos.

É um homem que luta e defende o que é seu. Para os outros está tudo bem e não passa de um arruaceiro que só faz guerras. Mas para quem é do mesmo clube e, acima de tudo, da mesma região entende a sua, não guerra, mas justa reivindicação. Contra o centralismo e clubite lisboeta que paira um pouco por todo o país, a começar pelos órgãos de divulgação jornalística. Isto, expandido às outras vertentes não futebolísticas, eu apoio.
Que ele corre o risco de não ser santinho nenhum. Isso todos corremos. As escutas telefónicas que tanto invocam para o condenar são ilegais? São. são verdadeiras? São. Provam alguma coisa? Não provam nada. Conteúdo? Um: uma sigla J.P. que todos julgaram referir-se a Jacinto Paixão - árbitro. Falso, tratava-se de Joaquim Pinheiro - dirigente portista. Dois: uma escuta que apenas mostra o encaminhamento de um árbitro a sua casa. E a partir daí? Prova-se mais alguma coisa? Se se prova, então o que provará um jantar entre um dirigente benfiquista e um árbitro em Penafiel? O que provará uma escuta entre esse dirigente e o então dirigente dos órgãos de futebol nacional a, expressamente, escolher um árbitro? O que prova a mudança á última da nomeação de um árbitro num certo jogo contra o S.C. Braga? O que provam os mergulhos de João Vieira Pinto em 2002?

Conclusão: perseguição. Perseguem-no constantemente. Porque simplesmente acabou com a submissão de quase todo o século XX do norte ao sul. Tornou possível a conquista de títulos que eles lá em baixo nem sonham alcançar. Talvez, se parassem com as teorias da conspiração e pensassem com objectividade, até teriam suspeitas mais credíveis de possíveis actos menos lícitos do homem. Talvez conseguissem ganhar mais um pouco de títulos.

E, mesmo que toda a teoria da corrupção fosse verdade, nada pagaria, no ido século passado, o Calabote e o seu tempo de compensação recorde, o treinador-adjunto do Benfica que foi orientar o adversário do Porto, o campeonato que ficou no norte porque a chamada para o árbitro caiu, o jogo no meio do nevoeiro com um penalty por falta a meio campo, os jogadores desviados por mão do estado para o Benfica e proibidos de lá sair...

O problema todo, não é isto pairar só a nível do futebol. Não me importava e era para o lado em que dormia melhor. O problema é isto ser a nível geral neste país. Afundam as personalidades queridas e defensoras a todo o custo do que é seu, favorecem os choramingas e homens de paleio igualmente suspeitos de crimes e centralizam tudo para sul.

Por isso é que, cada vez que este fala, rolam cabeças...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os afilhados e os filhos da p*ta...

Sim Carolina oh-hi-oh-ai
Sim Carolina oh-ai-oh-ei
Sim Carolina oh-hi-oh-ai
Sim Carolina oh-ai-oh-ei


Ora bem-vindos. Eis-me aqui finalmente, no meu estado mais natural: não percebo nada desta coisa. Já não sei o que é a mão, o que é um peito, o que é uma trajectória desviada, nada... Só sei é que qualquer acusação contra aqueles infames vermelhos do Sul é mentira, um acto de vingança, mal formada e assim. Só funciona ao para cá. É o país que temos.

Mas, em tempos de eleições, temos outras coisas mais importantes para falar. ora, bem vistas as coisas, vocês já ouviram falar (e decerto já viram) aqueles programas da tvi com o Manuel Luís Goucha e aquela arara da Júlia Pinheiro. Trata-se de um programa onde meninos pequeninos vão e cantam. Enfim, têm vozinhas aceitáveis e estilos queridos e engraçados à sociedade em geral. Ganham o concurso, têm direito aos seus 15 dias de fama, gravam lá um cd e depois a voz muda e acabam esquecidos; depois de a imprensa sensacionalista em geral só falar da vida privada dessa rapaziada. Deixeim-me fazer um retrato. Numa revista há tempos, vinha lá o seguinte artigo:
"O que fazem os participantes da última edição?
Não sei quem passou para o 6º ano (Ah!);
Fulano passou para o 9º ano (Boa filho!);
Cicrano passou para o 5º (Hi hi!);
Jaquilião vai repetir o 8º ano (Génio!)."

E pronto. Num artigo deveras interessante e bem feito (!) ficávamos a saber que estes rapazitos lá seguem as suas vidas. E eu a minha. E daí?

Mas o foco disto tudo é a temporada seguinte. Novos castings, novas oportunidades de alguém novo brilhar aos olhos do povo português comandado por um comando de televisão, passo a redundância.
Vai uma menina, cheia de talento, com a voz já a ganhar uma sonoridade adulta e constante, sem esforçar a garganta e sim o abdómen, como um verdadeiro cantor. Passa no Porto, passa na região, até chegar à última grande barreira - Lisboa.
Resultado? Inacreditável!
Não, a nossa heroína não passou. Adivinhem só, que os grandes felizardos do casting foram os maninhos dos participantes da edição anterior. Oh que giro! Já viram a coincidência! Parece tão bem aos olhos dos energúmenos que ligam a televisão e dizem "Que «fitche»!". Mas os que se iam esforçar a sério num casting lá foram arrumados. Não reúniam as condições.
Isto tem um nome: compadrios. Para mim, que no mínimo sei quando usar 'ç' ou 'ss' é uma vergonha e a esta gente que organiza estas tretas só estava bem era num campo de concentração em Fafe. Para o português em geral... é «fitche».

Ainda há outro relato. Numa exposição efémera, digamos que houve alguém, num outro concurso de igual índole, a quem foram oferecidos 500€ para desistir. Isto é digno de um óscar.

Bem, talvez o objectivo disto seja brincar com as mentes dos mentecaptos e não fazer um concurso de arte e canções de forma saudável. Fica dito.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Lairona

Eu ando
Eu ando
Eu ando entusado de ideias
A culpa
É da minha mãe
Que já não me lava as meias

A nossa história passa-se num local onde não se passa nada. Era uma vez um país chamado Fudamalpaga. Os seus habitantes eram os Fudidosemalpagos. Fora fundada por um rei cheio de pica, que se virava para todos os lados a lutar por algo que todos os fudidos(...) concordavam com ele: a sua identidade não era a mesma que a dos restantes habitantes do primeiro reino de onde esta nação fizera parte: a Coñia, onde viviam os coños.
Liberdade atingida, esse pequeno país foi-se desenvolvendo. Foi crescendo e alargando-se, até ganhar a sua forma territorial, que hoje ainda tem. De repente, o grande salto:
As armas e os barões assinalados
Que, da terrestre base fudidana
Por espaços nunca antes navegados
Passaram ainda além da Lua
Em perigos e asteróides esforçados
Mais do que prometia a força humana
Entre seres remotos edificaram
Nova galáxia que tanto sublimaram

Ora aí está. Numa épica expansão espacial, os fudidosemalpagos deram novos mundos ao mundo, escrevendo o seu nome na história.
Até que, tudo se começou a desmoronar. Um rei que, esquecendo a grande vantagem espacial, quis conquistar, em jeito de vaidade, toda a terra, morreu nessa vaga luta. Mesmo assim desejado, nunca mais voltou. E os coños voltaram a tomar conta do burgo. Com o sistema já todo gasto pelo império coño, também ele decadente, os fudidosemalpagos lá conseguiram retomar o jeito, à custa de nova luta pela identidade.
Mas não havia esperança para eles. Com o império espacial a ser rapinado por outras nações emergentes, vieram as cabeleiras com toda a sua paneleirice e chiqueza, vieram os que queriam mandar sozinhos, logo a seguir derrotados, vieram os ministros da monarquia, que acabaram por se encontrar a mandar sozinhos, outra vez. Veio de tudo. Revoltas e revoltas pelo poder absoluto de uma nação que, como um balão cheio para além do seu máximo, se esvaziava até o seu estado normal - desmoronava-se.
O poderio que outrora fora enorme, caía com um mapita de cor "apanascada" com os maiores imperialistas da história a ameaçar guerra. Os fudidosemalpagos lá cederam aos caprichos desses senhores.
Um dia, de forma totalmente, diga-se, democrática, vieram os políticos e disseram: "como a monarquia só existe há meia dúzia de dias, vamos deita-la abaixo e mandar nisto". E foi o que quiseram. Usando como bandeira uma gaja com umas mamas muito piramidais, lá mandaram o rei tomar chá, e tomaram conta daquilo. Em poucos anos, com o funcionamento exemplar que aquilo levava, mais uma revolução. Como todas as outras, de início bradada aos céus... mas alguns anos mais tarde detestada. Uma espécie de absolutismo conhecida mais por... ditadura. Os fudidosemalpagos não se encontravam realmente contentes desde a dita expansão espacial. O país desmoronava-se sobre si próprio e sobre uma guerra que constava na libertação das colónias da galáxia/rapinação por outras potências emergentes das mesmas colónias. O povo cansou-se e... adivinhem - revolução. Depois da história das perucas e do mapa apanascado... uma revolução com florzinhas. Talvez a última esperança dos fudidosemalpagos encontrarem estabilidade. Wrong answer! As colónias espaciais foram entregues de repente, deixando os fudidosemalpagos de lá sem absolutamente nada, a fugir para não morrer. Os bons líderes eram sabotados e assassinados e os maus conseguiam o que queriam com promessas e lengalengas. Volvidos quase trinta anos, os bons começavam a deixar o país, não querendo chatear-se com tal marasmo.
Ficam agora criminosos, mal licenciados e prepotentes no governo. Ficam uns a puxar pela esquerda e outros a puxar pela direita, levando à quebra da nação. Que fazer? Outra revolução? Naaaaaaaaaaaaaa. Só iria dar no mesmo.

Talvez a solução de todos estes fudidosemalpagos resida em não querer trabalhar só com a esquerda ou com a direita, mas com a cabeça, levando o coração no sítio certo. Todas as ludibriações de quem quer mandar deviam desaparecer. Mas isso era mudar mentes. E tal é impossível. Deviam, no fundo, fazer jus aos seus antepassados que, tão democraticamente (?) lograram por esquecer. A história da Fudamalpaga é uma autêntica distopia. Quais as probabilidades de ser real?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exultação de hormonas

Eu aubi um passarinho
Às catro da madregada
Cantaba lindes cançõs
À porta da sua amada

Perdeu-se o espírito!

É mais que óbvio. A patologia do capitalismo que os comunistas tanto apregoam exprime-se em muitas e variadas vertentes. O entretenimento infantil também não escapa. Hoje em dia, faz-se entretenimento para vender e mal entreter, "desculturando", diga-se de passagem. Mas isto trata-se somente da nossa opinião.

A não ser assim, digam lá. Onde estás Pluto? Mickey, que é feito de ti? "Qu'é" das patetices do Pateta? E a voz multi-diferencial do Donald? Que é feito desse vasto plantel de estrelas que compnuham a nossa admiração, com mensagens de harmonia e felicidade, que é o que as crianças precisam antes te tudo o mais? Como qualquer estrela, após o seu apogeu, passaram a plano secundário. Um pouco como o Raúl Solnado. Alguém das gerações mais modernas sabia quem ele era? Com estes passa-se o mesmo. Mas não que já estejam fora do seu tempo.
O que se passa é que foram substituidos. O público-alvo cresceu e entrou, imagine-se, na puberdade. Quem coloca no canal da grelha privada Disney Channel depara-se com uma imensidão de séries monótonas e histéricas. E, quem for assim um pouco mais velho (na ordem dos 20[!]), não reconhece as velhas estrelas da companhia de Mr. Walt. Quem são estes então?
Vejamos: começam como personagens secundárias das séries, passam a principais, depois já protagonizam filmes, fazem os spin offs desses mesmos filmes, passam a estrelas de música, só parando no topo de uma fama que, fora de revistas juvenis e afins, ninguém conhece. Lembro-me até de um caso concreto, Lindsay Lohan, que apareceu posteriormente em revistas referenciada por posse de drogas. é um martírio.
São séries e mais séries de uma autêntica exultação da adolescência na sua fase mais rebelde, todas dobradas em português, dando-lhe um aspecto mais foleiro, tratando de todos os assuntos sem graça, mas em estilo de sitcom com os habituais risos gravados. E são estas as estrelas do canal. Sem mais nem menos. E só chamam a atenção os pré-adolescentes com assuntos, na sua maioria, sem interesse. Não digo que este não seja o canal deles, mas eu também cheguei a gostar. Bolas, adorava o Mickey, o Pateta e as partidas dos três irmãos ao tio Donald. E, de repente, é só Hannah Montana e mais dois gémeos num barco sem piada e coisas do género.

Não que as velhas estrelas tenham sido esquecidas. Foram somente relegadas para programas da manhã dedicados às crianças mesmo nas idades de um dígito. São eles, essas personagens. Mas sem aquele brilho que, nestes últimos anos, fazia deles vintage.

Perdeu-se o espírito, é tudo o que eu digo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sei o que fizeste no Verão passado...

Ora aqui vamos nós no circo do costume. Começamos com o ilusionista Teixeira dos Santos, passando pelo domador de animais que é o Pinto da Costa, com o seu grande burro Filipe Vieira e a vaca Carolina. Agora passamos ao show de palhaços.
Nesta noite ventosa, tivemos o prazer de ouvir um interessante debate entre o eng. (?) Sócrates e o Dr. Paulo Portas. Que prazer do caneco. Estava eu a passear, o rádio a apanhar frequências ao calhas e, de repente... este bacanos. Tudo bem.
Apanhei o fim, diga-se.

O popular lá estava, falando na educação, e os professores que são injustiçados, e a avaliação dos professores que é baseada nas notas dos alunos e não no empenho, e o facilitismo...
E o personage rosinha que responde? "Xôtor, havia um filme chamado «Sei o que fizeste no Verão passado...»". Fantástico Zé Pinóquio! Tu és grande! Quem é que queria saber disto? Também eu vi esse filme. E um ou dois da sequela. Aquele gancho fazia-me c*gar todo de medo, diga-se. Bom filme. Mas o Zézinho com 6 ou 7 cadeiras de engenharia feitas partiu a louça toda.
Mas pronto. Tentanto dar algum sentido às palavras desta peça, digamos que ele queria usar a sua arma política da campanha que ele fez sempre desde que passou a líder do partido, durante as eleições e mandato, até agora: ataques constantes ao governo anterior, imediatamente ao dele, que só lá esteve 2 anos e meio. É lindo de ouvir. Pura poesia. E porque o governo anterior tinha isto num caos, e porque o governo anterior isto, e porque o governo anterior aquilo... Oh Zé Pino, e o governo onde tu andaste? Que até o Toneca se pôs a aviar com o c*gueiro entre as pernas? Foram não sei quantos anos a fazer m*rda que cheirava pior que a boca do João Malheiro, e só te lembras de falar em 2 anos e meio que nem tempo deu para ter ideias para resolver esse caos, que só vos deu a dor de cotovelo enorme quando a Europa convida um líder adversário para lá ir mandar. Não apoio tal, mas lá teve que ser...
E sobre o presente, que diz o Zé do Nariz? Que está tudo bem, que nem todas as medidas são bem recebidas e tal. Oh pá? Está tudo bem é? Então não sei quantos mil professores contra essa porcaria que a Milu do nariz à Michael Jackson insiste em levar a cabo. Eles é que estão mal. Tu e a tua meia dúzia de camandros de sorriso cínico é que estão bem. É quase como na parada do exército em que o soldado vai com o passo trocado e mãe diz "O meu filho vai bem, os outros é que vão com o passo trocado!". Está bem está!

O que mais me f*de é que esta peça, que eu ainda não sei onde a desenterraram, corre sério risco de ganhar. É a côr acima de tudo, e mais os JS's que são fanáticos pelo partido, depois vem a sua risquinha ao lado no cabelo e só depois é que vem o rectãngulo dos 10 milhões de Zés Povinhos. E, quem se lixa, é aqui o Zé e o Manel, que continuam a levar nas cascas com estas vergonhas todas e mais o tal serviço de saúde que faz inveja aos E.U.A. mas que deixa inveja mas é aos terroristas biológicos.

Não percam daqui a uns dias o próximos grande debate: Salazar Caça Coelhos Leite Coalhado contra o Lenine com 16 Anos de Olhos Sedentos de Poder Parte a Louçã Toda (Ferreira Leite vs. Louçã).

Promete, promete...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Francês bacalhau

De igual modo, no fim da ceia,
Tomou o cálice e disse:
"Irmãos, pior que a traição que, contra mim, vão cometer,
Ou que a cruzeta que de mim vão fazer,
É passar um mês sem f**er..."

Ah, mas o que é isto? De onde é que desenterraram esta gente? A sério! Até dá pena. Chegam cá, sempre todos "espampanantes", com vocábulos todos esquisitos, e porque "lá na frronce isto era diferrente e tal, bah oui, la rochelle...".
Falemos mais calmamente, e em pormenor. Havendo excepções, de gente a quem não denotamos este tipo de comportamento algo esquisito, há uma grande meche de pessoas que re-invadem o nosso canteiro à beira-mar plantado em pleno mês de Agosto. Trazem consigo um rasto de balbúrdia e outras coisas com o seu quê de esquisito. Falo de uma grande porção dos emigrantes portugueses na França, a que chamarei, por originalidade, já que pouca gente lhes chama, os avecs.
Chegam eles. Nos seus carrinhos com matrícula estrangeira (alguns com aspecto de que só saem da garagem uma vez ao ano). Aqui em Portugal parece que as leis são diferentes das deles. Mas não dos franceses nativos. Digo isto porque deparo-me com certas "boladas ao poste" no domínio do trânsito de veículos automóveis, envolvendo carros com matrícula traseira amarela. Mas, visionando o interior, lá estão uns traços tipicamente portugueses.
Sim, porque não dá para enganar. Eles até vêm com um idioma que, deve ser novo, pois os nativos franceses até lhe chamam de "francês bacalhau", que ninguém percebe. Como naquela anedota, do Michel que "tu vas tomber!". Às tantas o Michel tomba mesmo e a mãe, num jeito muito ibérico, repreende-o com palavrões em bom português. Aos que não denotamos traços portugueses, que até, de cara, passavam por nativos gauleses, não lhes escapa o estilo específico de uma moda bem esquisita a que apelidamos de "pseudo-guna".
Certamente já nos deparámos várias vezes com tais personagens. Coleccionando pequenas e insignificantes complicações esquisitas, sempre acompanhadas com a sua expressão e reacção de como se na França não fosse assim.

Talvez se entenda como um expoente, tal episódio que passarei a narrar: Numa viagem de turismo laboral, três portugueses em negócios instalam-se numa pensão com gerência portuguesa na pradaria parisiense. Ao passear no tempo morto de tal estadia, entram num café típico português. A recepção soube a casa com o ambiente caracterizado pelos diálogos dos presentes em língua camoniana corrente. Fechando os olhos, cheirava a Porto, Coimbra, talvez mesmo Braga ou Viana - Portugal. Subitamente, ao ser de conhecimento geral a presença de três conterrâneos, não emigrantes, mas sim turistas, a língua predominante alterou-se para o tal francês bacalhau. Episódio verídico e, com todas as letras, curioso. Qual seria a filosofia? Qual seria o objectivo? Era assim algo tão importante nos diálogos de cada grupo que os forasteiros não pudessem saber? Sentir-se-iam superiores por falar francês bacalhau em vez de português ao invés dos forasteiros?

Enfim. Ressalto isto, que decerto muitos do vós já repararam numa grande quantidade de emigrantes portugueses na França. Uma certa arrogância, tentativa de se destacar, dar nas vistas e parecer superior. Chega a roçar a má educação. O que é esquisito para quem quer parecer francês, quando o nativo deste país é, regra geral, educadíssimo, simples e prestável.

Continuamos com o barulho incómodo a altas horas da noite, dispêndio de tempo aos comerciantes para não lhes comprar nada, gaffes na condução de automóveis, episódios insólitos com nativos portugueses, etc, etc.

A todos eles desejo toda a sorte do mundo. Levam consigo esperança, alma lusa, Tony Carreira e muitas saudades. Procuram melhores condições. Obtêm-nas. Só que alguns chegam e mostram que nos envergonham com o seu feitio. Para além de que (e isto é só pessoal), na maioria das vezes em que se expressam com a cor clubística, são sempre do Sport Lucílio Benfica.

E mais não digo...

Je sei je sei
Qu'és a linda porrtugaise
Avec qui je veut caserr
Já corri monde...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Fada dos Dentes

Aly Cissokho. Uma das grandes revelações da época que terminou. ia ganhar o contrato da vida dele com uma transferência para o A.C. Milan. Tudo preparadinho e... Não vai por causa de problemas de dentes.

Ora, por compra não ia, mas por empréstimo o problema dentário já não importava. Afinal, que temos aqui? Vêm os do costume dizer que se queria vender gato por lebre... Talvez seja o Rennie a falar, porque, atendendo a estes factos, queria-se era comprar lebre por gato.
Vinha o director italiano vangloriar-se de que fora um bom negócio e agora... diz que não era necessário porque têm montes de activos naquela função.
Que se lixe. Quem fica "numa boa" será o que não vendeu. Com a qualidade do profissinal, para o ano o stock de Rennie vai esgotar de novo lá para as bandas da África sobre-mediterrânica (entenda-se 2ª. circular e fossa adjacente).

E, enquanto uns até baixam os preços dos seus melhores e não conseguem negócio, ladrando, ladrando e ladrando, a caravana passa, com a montra que nós sabemos.

Não gostas filha? Deixa estar. Eu também não. Mas em tempo de crise, qualquer buraco é pi**.

"Saudações irmões"

domingo, 24 de maio de 2009

Senhores da Verdade

O Amarantino. Não é só o residente da cidade de Amarante. É humilde, lutador e combativo, sem medo e com valores. Quando pressionado é duro e ríspido. Mas é assim devido às suas raízes sempre do lado do povo e em prol da defesa da razão. Numa forma o mais pura possível é assim que se descreve este género português. Um autêntico nortenho. E os nortenhos são acusados de bárbaros bairristas sempre em guerra contra o sul. Mas em verdade sseja dito que o nortenho nunca ataca sem que seja em sua defesa.

No passado dia 22, assistimos a um autêntico espicaçar de um amarantino. Natural da freguesia de Vila Chã do Marão, António Marinho Pinto foi um homem que soube trilhar o seu caminho com humildade e força no seu trabalho, ocupando agora, "e de forma democrática", o lugar de bastonário da Ordem dos Advogados. E o que deve fazer esse "gão-chefe"? Deve defender a qualidade da sua classe, os justos da sua casa e, acima de tudo, o bom funcionamento da justiça do país que ama e representa.
Na verdade, a grande maioria dos portugueses reconhece a podridão presente nestes vários aspectos. Mas quem o diz? As televisões sensacionalistas só denunciam alguns, como se os outros não lhes importassem; os que rodeiam os perpretradores fecham-se em copas e em "não me lembro de tal", "desculpe mas é algo que não lhe responderei por aqui", etc. Era preciso vir um filho do Tâmega denunciar tais coisas? Ele sabe, como todos nós, como isto anda. Conhece o meio melhor que muitos. Sabe em quem falar, quem vai estrebuchar com denúncias e críticas.
A verdade - aquilo que mais importa - é que ele critica e denuncia quem realmente é suspeito. Duvida de tudo o que é duvidoso. Defende os bons advogados repudiando os que dão mau nome. É mentira alguma que há advogados corruptos? Se todos sabemos que é verdade, porque vêm aqueles com penteados "betinhos", sorrisos cínicos e sotaques cuidados dizer que não é pa dizer tais coisas, que lhe fica mal? Têm medo de ser incluídos em tal verdade? Têm lá o nome?
No fundo temos a alienação dos que não querem sujar o seu nome e dos que têm divergências políticas desde campanhas eleitorais para a Ordem contra este homem que defende princípios. São os senhores que não suportam ver um pastor do Marão senhor de uma razão que devia ser moldada à imagem deles. Pois, mas a razão é dOS homens e não de UNS homens.

É pena tudo isto. E é pena também esta televisão sensacionalista que temos. A raça amarantina pura levou-o a ferver em pouca água, mas não mentiu em nada do que disse. Temos jornalismo mal feito, prevalece o sensacionalismo ao invés dessa que é a profissão verdadeiramente mais velha do planeta. Quando temos jornalismo que quase manipula as transferências de um clube, que denuncia e inventa casos escandalosos contra outro clube, escondendo os desse primeiro clube, que denuncia e enterra um ministro por três meses e tenta safar outro por quatro anos, quando ganha audiências com todo o género de notícias negativistas em plena hora de refeições.

Sou suspeito deste texto, porque sou um conterrâneo nortenho, mas defendo cada palavra deste homem neste momento em especial. Se aos senhores lá de baixo lhes custa ouvir tais palavras, a mim não, pois estas verdades não me atingem. Força a todos os que defendem as verdades e que denunciam a corrupção verdadeira e não em histórias de adormecer que só alguns acreditam. Eu não digo "não sei do que fala; não lhe vou responder a essa pergunta por aqui". Eu digo "sou inocente". Apoio a denúncia da corrupção. É a chave para salvar este país.

sábado, 2 de maio de 2009

Estado de medo

"O Pinóquio despistou-se no Alto de Espinho!". "Está certo. Levamos então uma ambulância e atiramo-lo de uma borda abaixo lá no meio do Marão!".

Ora aqui temos o relato da fala sonâmbula de um bombeiro da zona do Marão durante o descanso de uma das várias noites de serviço. Relata uma suposta assistência a um acidente na IP4 relacionado com o eng.(?) Sócrates. E diga-se desde já, o sentimento dos outros bombeiros não difere muito!

Começo a ter medo. A sério que sim. E, desbocado como sou, nem pareço ter medo a muita coisa. Mas a verdade é que tenho. Onde vivo eu?
Aquele que, por sufrágio (choradinho) conquistou a posição de primeiro-ministro português está envolvido em várias questões que levantam dúvida. E não se passa nada. Vejamos: parece que a sua licenciatura como engenheiro não foi de confeção regular. A mesma coisa de comprar um vinho do Porto numa cave em Gaia e outro numa cave em Espanha. Pouco sei a respeito desta questão. Mas consta que terá "comprado" o seu diploma (que foi passado a um domingo!). Adiante. Há a questão relacionada a algo ilegal na câmara da Guarda... Já nem me lembro do que era...
Temos a nova questão do freeport. É tudo com todos menos com ele.
Em que ficamos então?

Às vezes tenho medo de me perguntar a mim mesmo: "E se fosse comigo?". Acho que estava preso à barra dos tribunais e, face a tais provas, ou arranjava bons advogados ou estava na cadeia. Mas, pasme-se, este senhor não. O seu discurso de uma suposta "campanha negra" de inocência por si só basta. Está em algum ponto da Constituição que a palavra do P.M. vale de contra-prova? Não seria preciso uma investigação como com qualquer um? Não há provas públicas de que ele pode ser mesmo um corrupto nesse caso freeport? Não falo de umas escutas telefónicas onde a linguagem dos intervenientes é mal interpretada como com o caso do Presidente do F.C. Porto. Falo de um suposto vídeo onde alguém confessa o seu envolvimento e o envolvimento do, então, ministro do ambiente.
O Dr. Santana Lopes, com muitos menos erros, só por ser um boémio viu o seu governo destituido. Todos os governos têm as suas coisas más. Na altura do Santana, estavam a filtrar só as más, "arrumando" com o pobre do homem. E, sr. Cavaco Silva, que também teve coisas más mas que admiro pelas boas, não podia fazer algo mais face à nossa situação?
Não falo só destes escândalos. Apesar de que, por si só, já deviam ser suficientes para tirar a credibilidade a este senhor. A governação é má. A educação e a saúde empobrecem. A indústria desmorona-se. A crise mundial não deve ser a única desculpa para tal problema, pois ainda há dinheiro para que assessores com menos habilitações que alguns desempregados ganhem dinheiro como cabelo, para dotar a assembleia da República com obras e carros no valor de milhões...

A mais recente manobra, digna de um filme, foi a operação de interrogatório a miúdos de uma escola em Fafe que organizaram um protesto contra a Ministra da Educação. Uma autêntica acção a la PIDE (sem tortura - era o cúmulo). Onde é que já se viu?

Esperei, na noite de 24 para 25 de Abril, que desse alguma música simbólica na rádio (uma "Sem eira nem beira" talvez) e que alguém fizesse algo. Mas cansei-me de esperar. Porque é o que todos fazem: esperam que alguém faça algo e não fazem nada. Só sabe fazer política e não governação. Somos governados por possíveis corruptos e ninguém investiga isso a fundo. E ele lá pede mais votos, uma maioria absoluta. Continua a dizer que é inocente e um santo, como se estivesse a querer acusar os outros partidos políticos de difamação, uma campanha de "bota abaixo" sem propostas de recuperação para o país. Baseia-se nas básicas coisas boas que fez, esquecendo as péssimas coisas más que deixou para trás. E, enquanto a democracia for exercida por eleitores na sua maioria cegos por uma côr política, que difundem esta máxima, sendo sempre a mesma eleição de quatro em quatro anos, assim continuaremos. Tenho pena.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Chamam a isto férias?

Eis o dia em que me vão crucificar. Nem mais! Sendo esta a época da Páscoa...
Oh digam lá! A que é que sabe uma semana de paragem de actividades lectivas dos alunos universitários na altura da Páscoa? Digam com franqueza! Não sabe a nada. Ah? Pois não sabe.
Ora interrompem-se as aulas. Uma semana em que andam sem saber se hão de descansar, ou estudar, ou tratar da vida pessoal, ou ir jogar um futebolzito, ou participar nas actividades pascais (para os mais religiosos). Nem pensar. Andam sempre naquela "Ai que os dias passam tão rápido e queria fazer isto porque depois tenho que fazer não sei o quê...". Pois, porque os professores universitários são como víboras que atacam quando menos esperam. Ou seja, quando os alunos têm uma pausa em que, na sua quase totalidade, não vão supostamente ligar nenhuma aos estudos, de modo a descomprimir, é que eles querem pô-los alerta para testes e trabalhos que surgirão logo a abrir o restante período de aulas. É mesmo assim a vida.

Mas agora crucifiquem-me. Força. Porque eu digo o seguinte: porque não duas semanas de paragem durante a Páscoa, suprimindo a semana da Queima das Fitas em Maio? Pois, a festinha dos bêbedos que andam na faculdade a brincar não pode desaparecer. Mas também ninguém disse que ia desaparecer seus avestruzes.
Vá, pensem com calma.
Em vez de uma semana agora e outra lá para Maio em que cada uma delas não cabe na cova de um dente, porque não duas semanas agora e uma já no fim de semestre para fazerem a festa que quisessem. Sim, porque festejar só devia ser no fim.
Pessoalmente não vou muito à bola com a festa da Queima. Isso de apanhar a "bebedeira" num sítio desconhecido com muita gente desconhecida até vomitar e correr o risco de fazer sexo ou com uma mulher feia ou com uma mulher doente ficou-se-me pelos 15 anos. Sou um "vintão" e, como tal, gosto é de beber e ficar "alegre" com os meus melhores amigos de sempre, fazer sexo com quem eu quero num sítio bem confortável e quentinho. Para não falar que beber até vomitar é simplesmente vergonhoso.
Mas não é por isso que sou contra esta festa. Desde que vi alguém a dizer "vou à praxe para ganhar maturidade e responsabilidade"... 'Tá certo! Respeito todas as opiniões.

Fica aqui um (odiado) ponto de vista. Preferia mil vezes duas semanas na Páscoa, porque me estou a marimbar para brincadeiras em pleno tempo de trabalho. Precisava de duas semanas para descansar e pôr tudo em ordem para o que faltasse. Depois no fim do ano sim, lá ia beber uns canecos e ver os Xutos.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Polícias e Ladrões

Desculpem-me a ausência. Estava na casa-de-banho ocupado a tratar de assuntos sentado. Acontece aos melhores.
Passando ao que importa, não se esqueçam que a Liga Sagres está de volta este fim-de-semana. Não percam os jogos.

Agora, já que cá estou, ouçam isto: Pinto da Costa foi absolvido do último caso que havia a julgar contra ele. Pronto. Se é culpado, é pena que aconteça isto; se não é, ainda bem. Agora ouçam o melhor: o Ministério Público vai recorrer pela "enésima" vez de uma decisão de absolvição do presidente azul e branco. Outra vez?
Eles andam a gastar os nossos impostos para andar a queimar um homem, quando está farto de ser absolvido e os testemunhos não provam nada nem são credíveis? E que é dos outros?
Minha gente, temos um primeiro-ministro que tem o nome envolvido num (de alguns já) crime. E se fosse eu ou algum de vocês? Já estávamos na prisão a aguardar julgamento ou em casa com pulseira electrónica. Para além de possíveis ilegalidades na câmara da Guarda e de uma licenciatura duvidosa, aparece este caso freeport e nada se faz. A imagem daquele que devia ser suspeito de perpretador é limpa a todo o custo, unica e simplesmente com ataques aos outros e assobios ao lado. E faz-se de vítima! E, digo eu, ainda vai voltar a ganhar com esta crise toda, com esta descridibilidade toda. Relembro que, por muito menos, Santana Lopes viu o seu governo destituído. Pergunto eu onde estás tu Cavaco. Alguém que nos anos 90 soube segurar a nossa economia (que foi destruída nos mandatos a seguir até um EURO). E hoje estás calado e mudo.

Digam lá! Acusa-se alguém pela cara. "Eh pá, o Pinto da Costa tem aquela cara de quem controla tudo. É corrupto! Vamos trama-lo!". "O Sócrates tem carinha de anjo. Acham que ele seria culpado lá do freeport? Bah! Deixa-o lá tar." "O Luís Filipe Vieira... Esse nem tem cara... Só lhe vejo um bigode e umas orelhas... Mas chora. É comovente. Deixa-o estar."
Pois, o Luís Filipe Vieira. Porque este tem escutas telefónicas a escolher árbitros descaradamente. Há indícios de ter alterado uma nomeação de árbitro para um jogo desta época ganho vergonhosamente pela sua equipa. Mas não. Tudo em cima do Pinto da Costa. Foi absolvido? Acusa outra vez.
É acusado: "Justiça finalmente. Corrupto deve ter o que merece...". É absolvido. "Justiça corrupta, está tudo comprado...". Afinal como está a justiça. Está comprada pelo Pinto da Costa? Onde é que ele ia arranjar tanto dinheiro para tantas ocasiões? É explicado pelo passivo do Porto? Pergunto eu então: e o passivo megalómano do Benfica? E do Sporting nem falar do passivo.

É este o país que temos. Só se aplicam as punições a alguns, gastando o nosso dinheiro de contribuintes para tramar aqueles que lhes importa tramar, deixando outros a assobiar para o lado.
Foi este estado malfadado que herdou a casa de Bragança no século XVII aquando da Restauração. Sim, já aí havia disto. Já haviam interesses políticos doentios nos quais todos se debruçaram enquanto uma das maiores potências de sempre, que era Portugal, se desmoronava, depois do desastre "sebastianista". Esquecemo-nos hoje do verdadeiro espírito português dos grandes que se designaram um dia de rex portucalensis que expulsaram a córgea do país e alargaram a nossa alma além fronteiras.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Olha-me este...

"Uma da manhã, hey!
Bem bom duas da manhã, hey!
Bem bom três da manhã, hey!
Bem bom quatro da manhã, hey!
Bem bom cinco da manhã, hey!
..."

Olha olha. Deve pensar que é a Joaquina Perestrelo no Milagre do Raciocínio e da Genialidade. Deve querer uma estátua de corpo inteiro com direito a detalhe para os genitais e um prémio Nobel. Então o raio do chavalo anda há meia dúzia de dias na escola e já pensa que pode ensinar o professor. É mesmo assim.

Temos uma aula de classe de conjunto, em que o professor desempenha o papel de maestro e, por sua vez, os alunos o papel de executantes de um agrupamento musical. E, qual não seja o nosso espanto, um dos alunos acha-se capaz o suficiente para vir ensinar ao professor como dirigir. Está certo meu bem.
Vejamos as coisas da seguinte maneira: o professor é que sabe o que faz e a responsabilidade é toda dele. Lá por o menino pensar que sabe, independentemente de o saber mesmo ou não, não é ele que vai estar a dar instruções ao maestro. Ainda para mais, sendo o professor um doutorado com inúmeros anos de experiência, um génio do seu tempo e o aluno... um músico filarmónico cum auto-supostos convites para grandes bandas mas cujo o máximo foi... uma "banda do meio da tabela".
O cerne de uma disciplina como a classe de conjunto é cada um saber ocupar o seu lugar num conjunto musical. E o lugar de um executante não é implicar com o maestro por este estar bem ou mal. Isso só cria e piora o mau ambiente. Muitos alunos já lá passaram (e que metem este tal no bolso dos trocos) e não submetiam o professor a isto. Sabiam simplesmente o lugar que ocupavam. Alunos esses que acabaram o conservatório com distinção e hoje frequentam prestigiados cursos superiores. Vem este agora com m*rd*s. 'Tá bem 'tá! É que prejudica o decorrer da aula e ainda se põe a implicar. O professor tem que ser um santo, mas daqueles que fica entre Jesus Cristo e Deus N.S., de modo a conseguir aturar esta estirpe de gente.

Repito isto: o currículo que o professor tem, este aluno nem a fazer negócios por trás ao lado da estação da Trindade conseguia um igual. É preciso ter-se muita vergonha e muita mas muita "lata".
Talvez seja esta capacidade de saber o lugar que cada um de nós ocupa que distingue os homens de... nem digo o quê.
Ide em paz e que o senhor vos acompanhe.

"Bem bom vinte da manhã, hey!
Bem bom uma da manhã, hey!
Bem bom três da manh... Bolas.
Uma da manhã, hey!
...."

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

B.I.

Não é caso de dia-a-dia. Mas já começa a ser comum. Há pessoas que tendem a defender a alienação de Portugal a Espanha. Uns dizem para ficar um só país ibérico, outros para Portugal passar a fazer parte de nuestros hermanos... Por aí. Mas tudo implica o mesmo - fazermos parte de outro país maior.

Já bastavam os estúpidos dos norte-americanos que reconhecem Portugal como uma província espanhola. Agora nós perdermos a nossa identidade...
O povo português "jorda" diariamente para a sua história de 800 anos de monarquia. Se o actual herdeiro, o Duque de Bragança, é esquecido pela maioria, desprezado por outros tantos e troçado por alguns, os reis que fizeram a nossa história foram também esquecidos por uma república que os chutou completamente para fora do panorama. Não defendo a monarquia em detrimento da república. Só comparo o tratamento dado aos monarcas por parte de Inglaterra, Espanha, dos Escandinavos e por aí.
Com esta questão é a mesma coisa. Os espanhóis, digam o que disserem, gostam bem disto aqui e dão-lhe valor. Senão não fariam tanta questão de se apoderarem do "burgo" sempre que possibilitados. E, durante os nossos anos de independência, os nossos reis deram tudo pela nossa liberdade e identidade. Desde D. Afonso Henriques, que se opôs à própria mãe pelo nascimento da nossa pátria; D. João I, contemporâneo com a engenhosa e heroica batalha de Aljubarrota; D. João IV, que lutou por uma restauração da Indepência; entre muitos outros. É claro que alguns não prestaram o melhor serviço à nação. Mas não foi por virem os espanhóis governar que o panorama melhorou. Relembro que a dinastia filipina espezinhou muito do império colonial português.

Tudo isto para dizer que a nossa identidade custou muitas vidas, muita honra, muito sangue e muita guerra. Não se trata de querermos ser vaidosos com a nossa nacionalidade ou o que seja. Conseguimos ser independentes e auto-suficientes durante quase 900 anos. Somos muito iguais aos espanhóis mas somos nós os descendentes de uma tribo que deu luta aos romanos e que só foi vencida pela traição - os Lusitanos. Somos portugueses, por bom ou mau que possa parecer. O português de hoje, por ele, entregava o país aos espanhóis para resolver o problema e, após estar tudo melhor, voltava a livrar-se do castelhano. Mas a solução dos problemas não está aí. A solução dos problemas está em lutar cá dentro para resolver o que vai mal, conforme fizeram os nossos antepassados, verdadeiros portugueses, como há muito nos esquecemos de ser. Éramos os "poucos que, quando queríamos, éramos muitos" e, de repente, somos poucos que se acham demais. Resolvamos os nossos problemas. Sejamos portugueses.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Teoria do holocausto

'Bora lá tocar na ferida!
Andam por aí alguns espécimes desta raça humana com uma teoria bastante (des)interessante. Ora, vejam só, alguns crêem que, durante a segunda grande guerra, não ocorreu holocausto. E pronto, ficamos assim.

Porque querem fugir à grande verdade? Foram perseguidas raças pelo Reich repressor de Adolf Hitler. Este antigo chanceler alemão, de natureza austríaca, baixa estatura e moreno, defendia a superioridade da raça de alemães, altos e louros. Que contrasenso. A raça mais perseguida foi, sem dúvida, a judaica. Foi plantado um ódio imenso contra os primeiros tementes a Deus, sendo perseguidos e diferenciados dos outros, primeiro agrupados nos ghettos, depois em campos de concentração, onde (e as imagens não mentem) morreram e pereceram de forma sofrida. Se morreram em câmaras de gás, fuzilamentos, incinerações... não me importa. Qualquer uma destas mortes é horrível e hedionda.

À medida que os anos passam e as gerações e filhos da guerra desaparecem, a ideia desvanece. É assim que a raça humana não aprende com os seus erros.
Um general aliado na altura disse "um dia um estúpido levantar-se-á e dirá que não houve holocausto". E não é que teve razão o homem... Desse tipo de estúpidos a um novo erro dessa escala, vai pouco tempo.

Sem querer desrespeitar ninguém, porque cada um tem a sua ideologia, por mais incorrecta que pareça aos outros. Agora foi um holocausto e um genocídio. Não neguemos a verdade nem caiamos no mesmo erro. Uma vez é descuido. Mais que isso é estupidez.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Que é que diz na camisa afinal?

Ai o catarro, ai o catarro!
Ai o catarro minha Maria...
Ai a barriga, ai a barriga!
Dói-me tudo e estou com uma grande azia...

É pá! Isto é mesmo absurdo. As pessoas não pensam, não querem pensar, tem a massa cinzenta a virar castanha. Digam-me lá caros senhores. Se uma orquestra, tem muitos músicos a irem lá ajudar, isso quer dizer que ela não tem músicos? Ora bolas, se tem esses músicos para ensaiar e para actuar, então é sinal que tem músicos. Vem agora um dizer "ah e tal não fazeis isso porque não tendes músicos, é uma vergonha". Vergonha é ser ignorante e vir falar com a boca cheia (de nem digo o quê) sem saber nenhuma do que fala. Vergonha é ter sessenta e tal músicos que não fazem um e vir mandar bocas a quem tem vinte e poucos e cada dia tem deslumbrado mais.

Se acha que é por falta de músicos que não se faz um serviço, puxe melhor pelo Tico solitário ou pelo ar que ele deixou livre para compreender que talvez será pelo aperto de serviços nos dias à volta deste (algo só possível a quem tem músicos). Se é por não ter uma organização e direcção artística de tal categoria temos pena. Se é por nunca ter sido solicitado para participar nestas actividades, também temos pena de não preencher os requisitos necessários. Se é simplesmente porque se lembrou de dizer, então que se vá tratar que isso dá somente a dementes e a quem não tem nada em que pensar. Ou isso ou umas pedrinhas de gelo no cotovelo e Rennie pela goela abaixo.

É preciso ter uma lata. "Ah e tal nã vou ver Banda X porque para ver Banda Y tinha ido a outro sítio". Então só por virem muitos músicos de um lado Y um grupo musical X perde a sua identidade? Estava lá a camisa, estava lá a mística pelos mais velhos, estava lá o corpo da casa a dar identidade, estava a batuta (de nível europeu) da casa. Um grupo com dificuldades, mas que sempre teve músicos para fazer serviços e foram sempre os mesmos. Vem agora alguém de outro grupo mandar os chamados biteits... Se não têm identidade lá na terra deles que aprendam a viver com isso. Cá há identidade e temos a nossa cor.

Aturar esta gente faz-nos mártires!

Ai, ai Maria
Dói-me a brenha
Ai, ai mulher
Quem não sabe racha lenha!

Futebol sem lapsos

No passado domingo, assistiu-se a mais um clássico do nosso futebol nacional. Os sportinguistas podem dizer o que quiserem sobre Benfica vs. Sporting, mas hoje o clássico dos clássicos em Portugal é aquele que coloca frente a frente o clube que se apoia no seu passado para tentar ser grande e o clube que faz litaralmente das tripas coração para o mesmo efeito, Benfica vs. Porto. E aconteceu! Houve empate no estádio do Dragão. O Porto não impressionou, praticando o seu futebol característico desta época, sem muita posse de bola, com incursões rápidas e mortíferas e um contra-ataque demolidor. O Benfica sim, surpreendeu. Controlou a bola, jogou bem e criou algum perigo.

Após o jogo, a opinião pública defendeu que o resultado mais justo seria a vitória do Benfica. Todos viram o golo do Yebda e um penalty inventado sobre o Lisandro López. Todos viram o Porto a perder a jogar com o coração enquanto o Benfica guardava a bola.
Agora eu fao a minha análise. O Porto desde o início atacou sempre mais e com mais perigo. Não tirando o mérito a José Moreira, que considero um bom guarda-redes (o melhor do Benfica), não voltará a ter uma noite assim tão cedo talvez. Até que, nem sei em que minuto foi, José Reyes rasteira Lucho González dentro da área. O argentino segue o lance que acaba por não dar em nada. Muita gente tolda seus olhos e não quer ver o toque para desiquilíbrio perpretrado pelo espanhol do Benfica, mas a verdade é que existiu. A verdade é que a lei diz que, dentro da área, não há lugar a lei da vantagem. A lei diz que era penalty a favor do FC Porto, este limpo. O jogo estava 0 a 0. Tinha uma enorme hipótese de ficar 1 a 0 para o Porto. E a história tinha sido diferente. Teria sido um Porto calmo a controlar o jogo e um Benfica a jogar com o coração e não ao contrário. Mas não. Não aconteceu. O jogo seguiu, com o Porto sempre perigoso e o Benfica a marcar de bola parada. Erro defensivo dos dragões e o Benfica a aproveitar bem a falha. Seguiu o jogo com o Porto a arriscar no ataque e os vermelhos a aproveitarem a defesa subida para criarem perigo, sempre com o jogo controlado. Até que chegou o momento, que toda a gente já viu, que foi o penalty sobre o Lisandro López. Isto toda a gente viu. Caiu o Carmo e a Trindade! Não é penalty. Digo-o eu e reconheço. Dou o benefício da dúvida ao árbitro. A mão do jogador do Benfica toca no Lisandro. Para mim não é motivo para caír. Talvez mais que alguém assustar-se com o Tomás Costa em Alvalade. Sim, porque por menos só fora do estádio do Dragão se marcam faltas. De repente, num país onde o abandono escolar tende a aumentar, toda a gente invocava leis da Física a dizer que o avançado do Porto cairia para trás. Então eu invoco leis da medicina em que o braço a tocar no peito causa indisposição respiratória. Afinal sou quase tão licensiado como o nosso primeiro ministro. Enfim! Esta toda a gente viu e a outra não. Em dois erros, só o que prejudica o Benfica, que veio depois do que prejudica o Porto, é que é visto. Seguiu a ideia de que o Benfica beneficiou mais com este resultado. A verdade é uma única: o Porto continua em primeiro por mais uma jornada pelo menos. Depende ainda de si próprio para o título e o detentor do primeiro lugar em Maio é que conta; o Benfica falhou o assalto ao primeiro lugar, numa das melhores oportunidades de que dispôs.

Resultado final justo, com a vitória a caír bem sobre qualquer uma das equipas. Um penalty por assinalar a favor do Porto seguido de outro mal assinalado. Em que ficamos?...

Resta salientar uma teoria de um sportinguista fedorento (ele auto-intitula-se de tal) que prova que os sportinguistas são mesmo diferentes. Eu digo que realmente o são. São adeptos fervorosos de uma equipa que, embora se arrede de muitos títulos, mantem a classe e orgulho. Isso é lindo de ver. Anda distante de calabotes contados na história de Portugal e de apitos de qualquer cor contados em histórias de "ninar" por alguém que vem perdendo a credibilidade e por escutas telefónicas em que as iniciais lá registadas são ligadas a árbitros e afinal são somente de dirigentes desportivos. Mas a grande diferença dos sportinguistas é no "vira-casaquismo". Se o adepto do Porto vive "contra tudo e contra todos" e o do Benfica se proclama um em 6 milhões (parece que afinal são 2.9 milhões) num mundo que gira à sua volta, sportinguista do norte é contra o Porto e chegado ao Benfica e sportinguista do sul é contra o Benfica e chegado ao Porto. Em que ficamos? Se houvesse um grande no Algarve o sportinguista do Algarve era contra esse clube também? Sportinguista é mesmo diferente.

E, por último, viva o Scolari...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Futebol sem bola

Vai miúdo, finta miúdo!
Vai miúdo, finta miúdo!
Vai miúdo, finta miúdo!
Vai miúdo, finta miúdo!
......

Se repararmos nos tempos de FC Porto & José Mourinho, uma das grandes belezas e segredos da táctica de então era o chamado "futebol sem bola". Tratava-se da capacidade dos jogadores saberem qual a posição a ocupar, as desmarcações a tomar, mesmo quando não tinham a bola em sua posse. Dessa maneira, o jogador que queria passar sabia sempre onde se encontrava o seu colega, tornando o fio de jogo mais sólido e consistente. Mas não é desta treta que eu vou estar para aqui a falar.

Primeiro ressalvo que, a partir de 2009, este blog vai bater recordes de erros ortográficos. Isto porque entrou em vigor desde o início do ano o novo acordo ortográfico (brasileiro). Ora, a favor ou contra isto, não faço a mínima ideia do que mudou nem tenho cabeça para me pôr a par hoje em dia. Portanto, "siga a marinha".

Minha gente, após este à parte, quero-vos chamar a atenção do seguinte: há equipas a jogar muito futebol sem bola. Acontecimentos recentes ligam o Benfica a este futebol. Pela comunicação social, os encarnados ora já são os campeões, ora estão arrumados das contas do título. Isto semana sim semana não. Fora o meu repúdio por tal clube, eles neste momento são candidatos ao título a um ponto do primeiro classificado, nada mais nada menos.
O caso que me leva a lembrar agora disto é o do Pedro Mantorras. Desde a época de 2004/05 que admiro este jogador. Não obstante à vergonhosa caminhada ("ao colo") do Benfica, muito dessa vitória se deveu a este rapaz que era uma autêntica "arma secreta" - entrava e marcava. O Benfica queimou este avançado, que já não pode ser mais um jogador de alto rendimento, apenas tendo possibilidade de jogar os finais das partidas.
Consta que, na passada jornada, ele voltou à acção. E marcou mesmo o golo da vitória! De repente, o jogador de quem já ninguém se lembrava, que suscitava curiosidade por ainda estar no plantel, já era um jogador chave, que podia ter sido dos melhores do mundo, que carrega a verdadeira mística do Benfica. Como de costume, a agulha da balança virou.
O que se passa realmente é que o Benfica enaltece estes jogadores, Mantorras a glória sem possibilidades, Miki Fehér a lenda (o qual eu respeito), Aimar "o melhor número dez do mundo", Reyes uma jogador de grande nível... Mas os títulos não vêm apesar de tentarem ir buscar força a estes nomes. O futebol com bola não iguala a qualidade do futebol sem bola.
Quanto ao FC Porto, resta saber que o último jogador que deu em lenda de imortalidade, deu início à senda do Penta. Falo do Rui Filipe. Futebol sem bola no Porto é mística. E, aos poucos, talvez se tenha vindo a esvaír com o desgaste do azul de azul "porto" para azul celeste. Ficam as saudades dos treinadores que nunca a deixaram morrer (Yustrich, Pedroto, Robson, Oliveira, Mourinho, até mesmo Adriaanse).
Quem estará melhor colocado neste assunto talvez seja mesmo o Sporting. O seu futebol sem bola é mau. Ora queimam uns jogadores, ora os jogadores se queimam, ora perdoam-se uns aos outros. Pelo futebol sem bola, não iriam a lado algum. Mas a verdade é que aí estão, sempre a lutar com o que têm. Admiro isso.

Acabando este texto, já tendo acabado a exposição, quero agradecer por um comentário de alguém que o fez pela primeira vez, contrapondo o seu ponto de vista com o nosso, no texto anterior a este. Alguém achou interesse nisto. Isso é um risco sério.

Relembrem-se do Rui Filipe, o goleador que abriu caminho ao Penta...

... e de Miki Fehér.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

É verdade?

Será mesmo verdade? Existe mesmo um aluno na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto que anda há TRINTA anos na instituição? É que a ser, e sendo nas condições que vou referir, nada mais é do que uma autêntica vergonha! Deixa perceber o porquê de não serem só os políticos responsáveis por esta "bananização" do país.

Todos têm direito ao conhecimento. Há casos de pessoas a quem a vida não foi nem é fácil. Mas, ainda assim, lutam pela sua realização profissional, tirando o seu curso superior de modo a abrir muito melhores perspectivas para a vida. Face a dificuldades, ingressam num emprego, mantendo a sua vaga na faculdade, fazendo o curso quando for mais viável. Perfeitamente compreensível. Afinal cada um de nós tem direito à sua táctica. Agora, quando falamos de alguém que está há trinta anos na faculdade, embora esteja já no seu segundo curso, cheira a algum abuso. E, de facto, se se confirmar estas informações, não deixa de o ser.

Consta que essa pessoa nada mais é que o Dux (é assim que se escreve?) da faculdade. Para quem não souber, o Dux é uma espécie de posição hierárquica muito lá para cima na praxe académica. Penso que acima disto só deve haver a figura do Magno que representa a posição máxima em todo o campus. Agora, com tanto tempo de serviço, quem me diz que este não é o Magno. E, se não for, então há alguém nessa posição com muitos anos numa instituição também. Se contarmos com um Dux em cada faculdade que possa ter também inúmeros anos de cursos...
Agora a pergunta é a seguinte: esses personagens, que andam ali simplesmente para a brincadeira, esquecendo na maior parte das vezes o cariz de trabalho de uma faculdade, não estarão a ocupar vagas? Não deviam deixar a vaga livre em prol de um aluno vindo do secundário que fosse para ali mesmo para trabalhar? É que isto nada mais é que gozar com as pessoas. Um aluno com o verdadeiro sonho de concretização profissional, pode ficar sem essa oportunidade devido a uma personagem que se mantem na Universidade para ir brincar. É mesmo esfregar a cara desses jovens com uma folha de papel higiénico usado.

Nem comento mais tal probabilidade de acontecimento. Se estas situações, nas referidas condições, se confirmarem como verdadeiras, então é uma vergonha nacional. Demonstra a estupidez de muitos a roubar a oportunidade de outros. Gente que não quer fechar o seu ciclo na instituição para andarem a brincar aos chefes e mordomos ou à maçonaria.

Avé...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O mistério do desaparecimento dos bancos

Quem pode explicar este misterioso e dramático evento? Ainda não percebi. Os bancos articulados dos metros do Porto desapareceram de repente!
Mas que se passou? Há alguma explicação para tal sucedido. Falo com mais realce dos da linha D Amarela que liga a Invicta à outra única cidade com seis pontes (Gaia). Quem foi o perpretrador de tal acto? Aqueles bancos que serviam para quando a gente andava mesmo necessitada de se sentar e estavam os outros todos ocupados. Mas, caso estivéssemos cansados do "cú no mocho", bastava arrumarmos o banquinho e encostarmo-nos ao resultante de tal magia automática. Desapareceram. Ficou só o encosto. Haverá explicação?

Fica o espaço para divagações. Tenho uma hipótese.
Convenhamos que, perto desses bancos, mesmo ao lado do local onde a cabeça de um utente se iria localizar em posição de sentado, figura um pequeno autocolante com a seguinte mensagem: "Por favor não use estes bancos em horas de ponta." (é, mais ou menos, isto; agora não sei bem). O que se passava, é que muitas senhoras (de gerações muito acima da minha, por exemplo) faziam uso desses bancos quer fosse hora de ponta quer não, quer pudéssemos fazer a espargata dentro do veículo quer estívessemos enlatados. Será que foi aí que residiu tal problema? Será que quem manda mandou retirar esse acessório porque estava a ser usado de maneira errada, desrespeitando as indicações, causando mais aperto no interior do veículo?
É que, quando falo destas senhoras, devo-lhes o respeito, visto serem anciãs, merecerem um lugar sentadas tal o peso da idade. Mas qualquer um bem civilizado ceder-lhes-ia o seu lugar se necessário, algo que acontece em boa regularidade e quase tradição no serviço de autocarros. E, também, essas senhoras ainda estão, na sua grande maioria, capazes de esforços do dia-a-dia, podendo ser tidas em conta como qualquer outro. Assim, se qualquer outro pode ir em pé uma viagem por causa da hora de ponta, elas também. Mas o panorama era sempre o mesmo. A senhora sentada, sem ligar nenhuma à mensagem ao seu lado, causando engarrafamento no metro. E eles tiraram os bancos.

Bem, convem ainda dizer que, aos poucos, eles têm voltado. Já podemos contar novamente com estes amigos de curtas distâncias. Um deles para sentar e outro, ainda, para colocarmos o cotovelo se quiservos descansar o braço. Muito úteis. Respeitemos as indicações a respeito do seu uso, de forma a deixarmos rolar o civismo no dia-a-dia.

P.S.: Há também a teoria que, devido à crise financeira mundial, os bancos do metro, tal como muitas outras instituições BANCárias de todo o mundo, não escaparam a tal devastação.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mary Poppins

Há modas e modas. Algumas entram bem na cabeça de uma pessoa. Outras começam esquisitas. Outras não entram. Desculpem, mas não entram. Vivemos numa sociedade, desde quase sempre, e cada vez mais dominada por esse fenómeno que é a moda. Enfim.
Uma moda que veio para ficar, foi a moda relativa ao guarda-chuva. E porque acrescento eu a palavra "relativa"? Porque se fosse só a moda do guarda-chuva era porque toda a gente usava este útil instrumento. Mas acontece precisamente o contrário.

Saio à rua, de manhã, com uma chuveirada ao ar livre, levo sempre o meu amigo, o maior que encontro, para me abrigar e assegurar que, pelo menos a cabeça, chega o mais seca possível ao destino. Não esqueçamos que a cabeça absorve grande parte do frio ou calor do corpo. Qual não é o meus espanto quando reparo que grande parte das pessoas na rua não usufruem dos serviços do protector pluvial. Isto durante dias e dias, desde que me lembro. As pessoas preferem molhar-se a incomodar-se com mais um peso na mãos.
A sério!

Vou na rua, e a rapaziada toda contente, completamente molhados, no meio da chuva, sem mais protecção que a sua roupa sobre o corpo. E eu penso o seguinte: "e o burro sou eu?". Isto é, agora sou antiquado se andar de guarda-chuva à chuva?
Começo a pensar em teorias. Ora consta que, segundo quem acompanha, aquele programa pedagógico que dá no horário da TVI que dá de seu nome "Morangos com Açúcar" (pois, porque homem a sério gosta é de morangos com chantilly; explico noutra história) não engloba a estação do Inverno. Ou seja, toda a série daquela "fantochada" é preenchida por duas únicas estações: O Verão e o Estio. Durante todo o ano, ninguém anda com casacos e cachecóis, nem ninguém apanha uma molha, nem se vêem guarda-chuvas. Ora aqui está. A nossa dita "chavalada" adoptou o estilo dos seus ídolos (cada vez mais perfurados de piercings e outras esquisitices, diga-se), deixando o guarda-chuva para a história, preferindo andar todos molhados, aos gritos à chuva e aproveitando para ajeitar os seus penteados como os da novela com a humidade conferida pela pluviosidade.

Ou então outra teoria. Esta é simples de explicar. Se há alguns anos a prepotência morava no lado docente, parece que, com o decorrer do tempo, e o incitamento à emancipação da geração rebelde, a prepotência se aproveitou da inocência forjada dos educandos para os "possuír". Será que a rapaziada de hoje em dia prescinde do peso do guarda-chuva para carregar uma 9mm na sua mochila? Não sei. Às vezes é precisa. "A «prof» é muito chata" ou "hoje ela vai entregar os testes e se der nota má dou logo conta do assunto", ou "ela há dias confiscou o telemóvel a não sei quem e comigo não há-de ser igual". Enfim. Quem manda aqui é o menino de quem os pais se estão a marimbar, só querendo que vá às aulas e que no fim venha a casa e veja lá os "Morangos", jogue PlayStation, faça o que quiser mas não os chateie.

E quanto a estes meninos, está visto: o guarda-chuva que se dane.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Futebol sem palas

Acredito pouco na comunicação social. Após um campeonato 2003/04 em que o Porto era definitivamente a melhor equipa e venceu tudo sem sombra para dúvida, virem acusar de corrupção por dois ou três jogos em que o Porto não usufruiu de vitória sequer; tudo isto fomentado por uma senhora cujo discurso já deu para provar que não tem credibilidade; tudo isto “abafando” outras vergonhas tais como escandalosos jogos em 2004/05 que deram um título ao Benfica. Pela promoção da comunicação social contra o Porto, não encontro credibilidade.

Assim sendo, analiso eu, discutindo sempre com adeptos de outros clubes, fanáticos ou mais imparciais, de modo a encontrar a hipótese mais provável.

Analisemos o histórico:

1º - O Benfica ganha um jogo na Luz contra o Braga com um golo de fora-de-jogo de “quilómetros”. Não fez por muito mais o Benfica, ao contrário do Braga que carregou sempre, jogando o seu futebol massacrante mas nunca conseguindo o intento. Mérito defensivo para o Benfica, sem dúvida, mas muitas jogadas cortadas pelo árbitro. Dois lances passíveis para penalty a favor do Braga. Um deles, sobre Alan, discutível, aceitável quando não marcado. No outro, relembro que o jogador lesado saiu a voar autenticamente pelo campo fora, após uma entrada a pés juntos do defesa. Sem poder finalizar o seu fio atacante e sem poder materializar estes lances, é claro que a revolta é enorme.

2º - O FC Porto perdeu a liderança nessa mesma jornada, ao defrontar um Trofense com um estilo de jogo típico (o dito “autocarro”) e um (em dois possíveis) penalty por marcar por uma falta óbvia sobre Lisandro dentro da área, onde o argentino foi rasteirado por um defesa adversário. Resultado final: 0 a 0.

3º - O Sporting “carimbou” (o que não quer dizer que não passaria se não ganhasse) a passagem às meias-finais da Taça da Liga, onde tem o benefício de jogar em casa, com uma vitória sobre o Rio Ave com um golo de fora-de-jogo escandaloso de Vukcevic, reconhecido pela opinião pública geral, mas pouco discutido em polémicas.

Jornada seguinte:

Após empates do Benfica e Sporting, o Porto joga a sua oportunidade de voltar à liderança em Braga. Um golo mal validado. À beira dos golos acima referidos, é um “anjinho” das ilegalidades e, ainda assim, Hulk encontrava-se algo avançado face à linha defensiva. Um golo mal anulado a Tomás Costa. A linha defensiva deixa Tomas Costa em jogo. Lance entre Cissokho e Alan. Há puxão de Cissokho à camisola do extremo ainda fora da área, sendo que o último contacto entre os dois, já sem falta, é feito no máximo em cima da linha de área. Lance entre Helton e Meyong com contacto inevitável e dentro da pequena-área (área do guarda-redes), onde Meyong disfruta desse contacto para uma possibilidade de usufruir de um penalty. Mas contacto inevitável devido à mancha de Helton, casual. Guarin corta a bola com o braço, sim é penalty. Lisandro López foi apanhado três vezes em fora-de-jogo. Para quem viu em directo o jogo, esses lances no mínimo suscitavam dúvidas. Os comentadores pouca importância lhes deram. A realização pouco as repetiu em comparação com o primeiro golo – afinal são do mesmo tema de foras-de-jogo. Pois pelo menos dois são de caras mal marcados, com Lisandro a partir sempre das costas do defesa. Lances que deixariam o argentino isolado de maneira semelhante à do segundo golo. Poderia não ser golo (para quem falhou aquele da assistência de Cissokho). Mas os penaltys reclamados também poderiam não ser.

O primeiro golo tem influência no resultado? Tem sim. Poderia ter sido diferente. Mas quem diz que, caso o primeiro golo fosse invalidado, seria o Braga a ganhar ou haveria empate? Neste jogo, como na maioria deles, as equipas jogaram em função do resultado. Se o Braga jogava com mais garra porque queria logo de início ganhar e encontrar-se-ia depois a perder, o Porto jogava mais sereno, começando o jogo com «tranquilidade» e controlo emocional, encontrando-se logo depois a vencer, continuando a jogar em função desse resultado. Talvez se não tivesse havido o primeiro golo o Braga tivesse ido e marcado, ao continuar o seu jogo com garra. Talvez o Porto fizesse mais investidas como estava a fazer naquela fase e acabasse mesmo por marcar primeiro. A história alternativa de um jogo é como um prognóstico: nunca é uma certeza.

Assim sendo, há um golo mal validado e um mal anulado. Há três foras-de-jogo, dois deles mais claros, mal tirados a Lisandro. Isto para o Porto. Porque para o Braga há um penalty não marcado, a juntar ao tal golo mal validado. Não queiram comparar isto com o vergonhoso jogo da Luz. Conforme disse, na Luz não deixaram o Braga jogar. Ontem, a equipa atacou e criou perigo, ficando mérito do Porto ao evitar o pior (uma grande defesa de Helton à cabeçada de Orlando Sá, em exemplo).

A grande verdade aqui é que a arbitragem está muito mal. Erros ocorrem jornadas após jornadas. Em meu entender, os três grandes são quase sempre os mais beneficiados. Mas o Benfica tem disposto de mais benefícios, consequência ou não. Ainda acredito que a mão do Miguel Vítor desviou a bola. Senão, que objecto estaria naquele lugar quando a trajectória do esférico mudou de repente?!

Quanto a Jesualdo Ferreira, divido-me. É um bom (não excelente) treinador que sabe moldar (alguns) jogadores, sabe rodar promessas não tão confiadamente como o Sporting mas também não tão impeditivo como o Benfica (para mim os extremos na aposta em jovens), sabe, por vezes, incutir a confiança necessária. Mas sai-se mal na falta de garra, na má prospecção de jogadores e, por vezes, na forma de falar. Por vezes toma um discurso arrogante. Algumas citações são necessárias para o clube, sabendo falar, sim senhor. Mas outras não vêm em boa hora. Quando referiu não falar em arbitragens, a estatística não mentia: raramente se queixava, atribuindo à sua equipa a responsabilidade dos desaires. Eu tento ser imparcial, mas mesmo para qualquer portista a jornada 14 foi revoltante. Com o jogo Benfica – Braga e o Porto prejudicado com o Trofense, Jesualdo iria continuar sem excepções ao deixar os erros que nos prejudicam directamente de fora? Referiu que, todos viram, os adversários foram ajudados naquela jornada e o Porto prejudicado. Há limites para tudo, e para Jesualdo o limite para não atacar os árbitros pode ter acabado aí.

No entanto a imprensa promove isso. Ataques aos árbitros e ênfase ao Benfica. Reyes, Aimar, Suazo, Yebda, Nuno Gomes, Quique, Rui Costa, etc aparecem todos os dias em manchetes por isto ou por aquilo e o resultado vê-se. O Benfica joga mal, ganhando quando a coisa corre “menos mal” ou quando há erros de arbitragem a seu favor. A imprensa devia dar mais valor a outras figuras. Hulk, uma força da natureza. Vukcevic, injustiçado mas com provas dadas de dia para dia. Luís Aguiar, o génio de uma quarta potência [Braga]. Nené, um goleador de serviço no Nacional. Beto, a promessa portuguesa na baliza. Todas estas figuras que também mereciam destaque na nossa imprensa são abafadas pelas nulidades (até agora) dos vermelhos. E isto revela-se também nas opiniões e análises às mais diversas questões que aparecem todos os dias. Por isso sugiro que analisemos também nós os lances. A nossa visão, a da imprensa na mesma e a de amigos adeptos dos mais variados clubes, ferrenhos ou mais imparciais, devem dar a hipótese mais correcta da verdade dos acontecimentos.