quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Olha-me este...

"Uma da manhã, hey!
Bem bom duas da manhã, hey!
Bem bom três da manhã, hey!
Bem bom quatro da manhã, hey!
Bem bom cinco da manhã, hey!
..."

Olha olha. Deve pensar que é a Joaquina Perestrelo no Milagre do Raciocínio e da Genialidade. Deve querer uma estátua de corpo inteiro com direito a detalhe para os genitais e um prémio Nobel. Então o raio do chavalo anda há meia dúzia de dias na escola e já pensa que pode ensinar o professor. É mesmo assim.

Temos uma aula de classe de conjunto, em que o professor desempenha o papel de maestro e, por sua vez, os alunos o papel de executantes de um agrupamento musical. E, qual não seja o nosso espanto, um dos alunos acha-se capaz o suficiente para vir ensinar ao professor como dirigir. Está certo meu bem.
Vejamos as coisas da seguinte maneira: o professor é que sabe o que faz e a responsabilidade é toda dele. Lá por o menino pensar que sabe, independentemente de o saber mesmo ou não, não é ele que vai estar a dar instruções ao maestro. Ainda para mais, sendo o professor um doutorado com inúmeros anos de experiência, um génio do seu tempo e o aluno... um músico filarmónico cum auto-supostos convites para grandes bandas mas cujo o máximo foi... uma "banda do meio da tabela".
O cerne de uma disciplina como a classe de conjunto é cada um saber ocupar o seu lugar num conjunto musical. E o lugar de um executante não é implicar com o maestro por este estar bem ou mal. Isso só cria e piora o mau ambiente. Muitos alunos já lá passaram (e que metem este tal no bolso dos trocos) e não submetiam o professor a isto. Sabiam simplesmente o lugar que ocupavam. Alunos esses que acabaram o conservatório com distinção e hoje frequentam prestigiados cursos superiores. Vem este agora com m*rd*s. 'Tá bem 'tá! É que prejudica o decorrer da aula e ainda se põe a implicar. O professor tem que ser um santo, mas daqueles que fica entre Jesus Cristo e Deus N.S., de modo a conseguir aturar esta estirpe de gente.

Repito isto: o currículo que o professor tem, este aluno nem a fazer negócios por trás ao lado da estação da Trindade conseguia um igual. É preciso ter-se muita vergonha e muita mas muita "lata".
Talvez seja esta capacidade de saber o lugar que cada um de nós ocupa que distingue os homens de... nem digo o quê.
Ide em paz e que o senhor vos acompanhe.

"Bem bom vinte da manhã, hey!
Bem bom uma da manhã, hey!
Bem bom três da manh... Bolas.
Uma da manhã, hey!
...."

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