sábado, 26 de julho de 2008

Globalização

Pois bem, este texto é dedicado a todos esses "pupilozinhos deambuladores" que acham este blog uma seca. E aos outros também, pois o dogma é que este blog é mesmo uma seca. Não tem reflexões filosóficas acerca de desgostos de amor, sonhos de vida nem nada disso. Simplesmente vive para falar mal. Parece o Bloco de Esquerda quase.

Avante (hoje é só para o comunismo, tou a ver). Esta história passa-se numa das cidades mais desenvolvidas do nosso rectângulo com uns ilhéus "cagados" (com todo o respeito para açoreanos e madeirenses; é só uma metáfora com recurso imagético). Falo da cidade de Valongo. Ora, nunca lá tinha ido. A sério; passava pela auto-estrada A4 e via muitos prédios e um campito de futebol e o meu pai dizia-me "Filho, aquilo é Valongo". Mas nunca lá tinha metido os pés. Ora, da primeira vez que me lembrei de o fazer, tive necessidade de me dirigir a uma farmácia, por motivos mais de prevenção. O carro ficou estacionado em frente a um centro comercial que dava pelo nome de "Vivaldi", certamente em homenagem a este grande compositor barroco; ou se calhar porque na altura estava na moda. Julguei logo que me encontrasse no centro da localidade, visto ali logo perto ter a Câmara Municipal, e uma longa avenida. Fiz-me então de seguida à cruzada. Fui procurar uma farmácia.
Andei, andei, em várias direcções, para cima e para baixo e... eis que... nada. Não encontrei uma única farmácia. Nos vários quarteirões que percorri a pé. "Népia"!
Desci em direcção a uma rotunda. Andei por uma rua aí transversal. Nada. Voltei a subir. Voltei a meter por outra rua transversal mais acima. Zero. Subi ainda mais. Procurei pela avenida nas duas direcções. À beira da Câmara. Rien. Foi o cenário devastador para o momento. Em longos e muitos quarteirões, da câmara, quase à portagem, o que para uma espécia rara como eu já é muito, não se via nenhuma farmácia. Em pleno século XXI, não se encontrava uma farmácia nas redondezas, estabelecimento essencial para o quotidiano e saúde de qualquer bom português. E, olhando em redor, nem sinal. Havia o verde "BES", que à primeira e fugaz vista ainda dava para confundir. Havia muitas cruzes de clínicas privadas; sim, porque aqui em Portugal serviço de saúde privado e a preços astronómicos há aos montes. Até uma clínica veterinária havia. Mas, mais uma vez, farmácias... nada.

E eu só queria um produto de fins preventivos. Agora imaginem que era a minha avó cheia de dores em casa, com necesidade quase mortal de um medicamento. Só para eu, que não tenho carta, chegar à farmácia mais próxima, o que ainda está por descobrir... bem ficava a minha avó a tinir em casa de dores. E Valongo é desenvolvida, como todos sabemos. Se Ermesinde também é desenvolvida e tem mais farmácias em toda a parte, porque não pode ser um concelho também?
Restou-me depois deste episódio seguir viagem. E, finalmente, pelo menos a Maia não me deixou ficar mal.

Conclusão: dois pontos para a Maia que tinha a solução. Zero pontos para Ermesinde porque pessoalmente não gosto desta também. Menos um ponto para Valongo por esta história toda. Menos um ponto para mim que não me lembrei de perguntar indicações a alguém.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pela Ordem e Pela Pátria (O Vizinho) - parte I

Pois é… Todos nós já nos devemos ter deparado umas pequenas quezílias com os nossos vizinhos (pra quem não sabe, vizinhos são aquela pessoas que moram numa casa adjacente ao nosso bem amado lar, quer seja por cima, por baixo, ou dos lados).

Pois bem, um dos nossos afiliados deste blog de mer… perdão… de muito fraca qualidade tem tido uns problemas com o vizinho que mora numa habitação imediatamente a seguir (ou antes, depende do ponto de vista). Vizinho esse que manteremos o anonimato da sua identidade, mas… para nos referirmos a ele iremos usar o nome: Agente Tirólinhas…

“Era uma vez, numa pacata cidade nortenha… um jovem estudante da sublime e bela arte da música, que, verdade seja dita, queria chegar um pouco mais longe na vida…. Vá lá… queria ser músico… E, que como poucos sabem e muitos olvidam, para se singrar na música é preciso estudar várias horas… não por mês… não por semana, mas por dia… SIM por dia… Enfim….

Um belo dia… o sol punha-se… os pássaros chilreavam… e este jovem rapaz estudava avidamente a cadencia do ” Solo de Concours” dum compositor francês chamado Messager (quem adivinhar o instrumento ganha 2 gomas e um ovo cozido) quando súbita e repentinamente, a campainha da casa deste jovem músico é tocada freneticamente…

TRRIMMMMMMMMM, TRRIMMMMMMMMMMMMMM

“Quem será?!” – pergunta a si mesmo o jovem músico… e eis, que não era mais nem menos do que o afamado Agente Tirólinhas…

De seguida apresentaremos aqui o diálogo entre o jovem aspirante a músico e o grande… perdão… O ENORME Agente Tirólinhas…

Jovem Músico- Boa Tarde

Agente Tirolinhas – Boa Tarde, olhe eu hoje cheguei muito cansado do emprego e precisava de descansar, eu precisava que parasse de tocar na sua flauta..

JM- Meu amigo isto não é nenhuma flauta, e eu preciso mesmo muito de estudar mas se for só por hoje…

AT- Seja que instrumento for, eu ouço-o como se estivesse à minha beira, assim nem valia a pena ter paredes…

JM- (visivelmente irritado) pronto ok… por hoje ficamos assim…

... e assim começou a grande saga Jovem Músico vs Agente Tirólinhas- numa e edição seguinte a Tertúlia da Má Língua compromete-se a editar a conclusão desta brilhante odisseia

Os 10 primeiros coments recebem um foto autografada do Agente Tirólinhas com o seu genial cão ao colo. Óscar “o que não pára de ladrar, quando ouve o jovem músico a estudar”