sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os afilhados e os filhos da p*ta...

Sim Carolina oh-hi-oh-ai
Sim Carolina oh-ai-oh-ei
Sim Carolina oh-hi-oh-ai
Sim Carolina oh-ai-oh-ei


Ora bem-vindos. Eis-me aqui finalmente, no meu estado mais natural: não percebo nada desta coisa. Já não sei o que é a mão, o que é um peito, o que é uma trajectória desviada, nada... Só sei é que qualquer acusação contra aqueles infames vermelhos do Sul é mentira, um acto de vingança, mal formada e assim. Só funciona ao para cá. É o país que temos.

Mas, em tempos de eleições, temos outras coisas mais importantes para falar. ora, bem vistas as coisas, vocês já ouviram falar (e decerto já viram) aqueles programas da tvi com o Manuel Luís Goucha e aquela arara da Júlia Pinheiro. Trata-se de um programa onde meninos pequeninos vão e cantam. Enfim, têm vozinhas aceitáveis e estilos queridos e engraçados à sociedade em geral. Ganham o concurso, têm direito aos seus 15 dias de fama, gravam lá um cd e depois a voz muda e acabam esquecidos; depois de a imprensa sensacionalista em geral só falar da vida privada dessa rapaziada. Deixeim-me fazer um retrato. Numa revista há tempos, vinha lá o seguinte artigo:
"O que fazem os participantes da última edição?
Não sei quem passou para o 6º ano (Ah!);
Fulano passou para o 9º ano (Boa filho!);
Cicrano passou para o 5º (Hi hi!);
Jaquilião vai repetir o 8º ano (Génio!)."

E pronto. Num artigo deveras interessante e bem feito (!) ficávamos a saber que estes rapazitos lá seguem as suas vidas. E eu a minha. E daí?

Mas o foco disto tudo é a temporada seguinte. Novos castings, novas oportunidades de alguém novo brilhar aos olhos do povo português comandado por um comando de televisão, passo a redundância.
Vai uma menina, cheia de talento, com a voz já a ganhar uma sonoridade adulta e constante, sem esforçar a garganta e sim o abdómen, como um verdadeiro cantor. Passa no Porto, passa na região, até chegar à última grande barreira - Lisboa.
Resultado? Inacreditável!
Não, a nossa heroína não passou. Adivinhem só, que os grandes felizardos do casting foram os maninhos dos participantes da edição anterior. Oh que giro! Já viram a coincidência! Parece tão bem aos olhos dos energúmenos que ligam a televisão e dizem "Que «fitche»!". Mas os que se iam esforçar a sério num casting lá foram arrumados. Não reúniam as condições.
Isto tem um nome: compadrios. Para mim, que no mínimo sei quando usar 'ç' ou 'ss' é uma vergonha e a esta gente que organiza estas tretas só estava bem era num campo de concentração em Fafe. Para o português em geral... é «fitche».

Ainda há outro relato. Numa exposição efémera, digamos que houve alguém, num outro concurso de igual índole, a quem foram oferecidos 500€ para desistir. Isto é digno de um óscar.

Bem, talvez o objectivo disto seja brincar com as mentes dos mentecaptos e não fazer um concurso de arte e canções de forma saudável. Fica dito.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A Lairona

Eu ando
Eu ando
Eu ando entusado de ideias
A culpa
É da minha mãe
Que já não me lava as meias

A nossa história passa-se num local onde não se passa nada. Era uma vez um país chamado Fudamalpaga. Os seus habitantes eram os Fudidosemalpagos. Fora fundada por um rei cheio de pica, que se virava para todos os lados a lutar por algo que todos os fudidos(...) concordavam com ele: a sua identidade não era a mesma que a dos restantes habitantes do primeiro reino de onde esta nação fizera parte: a Coñia, onde viviam os coños.
Liberdade atingida, esse pequeno país foi-se desenvolvendo. Foi crescendo e alargando-se, até ganhar a sua forma territorial, que hoje ainda tem. De repente, o grande salto:
As armas e os barões assinalados
Que, da terrestre base fudidana
Por espaços nunca antes navegados
Passaram ainda além da Lua
Em perigos e asteróides esforçados
Mais do que prometia a força humana
Entre seres remotos edificaram
Nova galáxia que tanto sublimaram

Ora aí está. Numa épica expansão espacial, os fudidosemalpagos deram novos mundos ao mundo, escrevendo o seu nome na história.
Até que, tudo se começou a desmoronar. Um rei que, esquecendo a grande vantagem espacial, quis conquistar, em jeito de vaidade, toda a terra, morreu nessa vaga luta. Mesmo assim desejado, nunca mais voltou. E os coños voltaram a tomar conta do burgo. Com o sistema já todo gasto pelo império coño, também ele decadente, os fudidosemalpagos lá conseguiram retomar o jeito, à custa de nova luta pela identidade.
Mas não havia esperança para eles. Com o império espacial a ser rapinado por outras nações emergentes, vieram as cabeleiras com toda a sua paneleirice e chiqueza, vieram os que queriam mandar sozinhos, logo a seguir derrotados, vieram os ministros da monarquia, que acabaram por se encontrar a mandar sozinhos, outra vez. Veio de tudo. Revoltas e revoltas pelo poder absoluto de uma nação que, como um balão cheio para além do seu máximo, se esvaziava até o seu estado normal - desmoronava-se.
O poderio que outrora fora enorme, caía com um mapita de cor "apanascada" com os maiores imperialistas da história a ameaçar guerra. Os fudidosemalpagos lá cederam aos caprichos desses senhores.
Um dia, de forma totalmente, diga-se, democrática, vieram os políticos e disseram: "como a monarquia só existe há meia dúzia de dias, vamos deita-la abaixo e mandar nisto". E foi o que quiseram. Usando como bandeira uma gaja com umas mamas muito piramidais, lá mandaram o rei tomar chá, e tomaram conta daquilo. Em poucos anos, com o funcionamento exemplar que aquilo levava, mais uma revolução. Como todas as outras, de início bradada aos céus... mas alguns anos mais tarde detestada. Uma espécie de absolutismo conhecida mais por... ditadura. Os fudidosemalpagos não se encontravam realmente contentes desde a dita expansão espacial. O país desmoronava-se sobre si próprio e sobre uma guerra que constava na libertação das colónias da galáxia/rapinação por outras potências emergentes das mesmas colónias. O povo cansou-se e... adivinhem - revolução. Depois da história das perucas e do mapa apanascado... uma revolução com florzinhas. Talvez a última esperança dos fudidosemalpagos encontrarem estabilidade. Wrong answer! As colónias espaciais foram entregues de repente, deixando os fudidosemalpagos de lá sem absolutamente nada, a fugir para não morrer. Os bons líderes eram sabotados e assassinados e os maus conseguiam o que queriam com promessas e lengalengas. Volvidos quase trinta anos, os bons começavam a deixar o país, não querendo chatear-se com tal marasmo.
Ficam agora criminosos, mal licenciados e prepotentes no governo. Ficam uns a puxar pela esquerda e outros a puxar pela direita, levando à quebra da nação. Que fazer? Outra revolução? Naaaaaaaaaaaaaa. Só iria dar no mesmo.

Talvez a solução de todos estes fudidosemalpagos resida em não querer trabalhar só com a esquerda ou com a direita, mas com a cabeça, levando o coração no sítio certo. Todas as ludibriações de quem quer mandar deviam desaparecer. Mas isso era mudar mentes. E tal é impossível. Deviam, no fundo, fazer jus aos seus antepassados que, tão democraticamente (?) lograram por esquecer. A história da Fudamalpaga é uma autêntica distopia. Quais as probabilidades de ser real?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Exultação de hormonas

Eu aubi um passarinho
Às catro da madregada
Cantaba lindes cançõs
À porta da sua amada

Perdeu-se o espírito!

É mais que óbvio. A patologia do capitalismo que os comunistas tanto apregoam exprime-se em muitas e variadas vertentes. O entretenimento infantil também não escapa. Hoje em dia, faz-se entretenimento para vender e mal entreter, "desculturando", diga-se de passagem. Mas isto trata-se somente da nossa opinião.

A não ser assim, digam lá. Onde estás Pluto? Mickey, que é feito de ti? "Qu'é" das patetices do Pateta? E a voz multi-diferencial do Donald? Que é feito desse vasto plantel de estrelas que compnuham a nossa admiração, com mensagens de harmonia e felicidade, que é o que as crianças precisam antes te tudo o mais? Como qualquer estrela, após o seu apogeu, passaram a plano secundário. Um pouco como o Raúl Solnado. Alguém das gerações mais modernas sabia quem ele era? Com estes passa-se o mesmo. Mas não que já estejam fora do seu tempo.
O que se passa é que foram substituidos. O público-alvo cresceu e entrou, imagine-se, na puberdade. Quem coloca no canal da grelha privada Disney Channel depara-se com uma imensidão de séries monótonas e histéricas. E, quem for assim um pouco mais velho (na ordem dos 20[!]), não reconhece as velhas estrelas da companhia de Mr. Walt. Quem são estes então?
Vejamos: começam como personagens secundárias das séries, passam a principais, depois já protagonizam filmes, fazem os spin offs desses mesmos filmes, passam a estrelas de música, só parando no topo de uma fama que, fora de revistas juvenis e afins, ninguém conhece. Lembro-me até de um caso concreto, Lindsay Lohan, que apareceu posteriormente em revistas referenciada por posse de drogas. é um martírio.
São séries e mais séries de uma autêntica exultação da adolescência na sua fase mais rebelde, todas dobradas em português, dando-lhe um aspecto mais foleiro, tratando de todos os assuntos sem graça, mas em estilo de sitcom com os habituais risos gravados. E são estas as estrelas do canal. Sem mais nem menos. E só chamam a atenção os pré-adolescentes com assuntos, na sua maioria, sem interesse. Não digo que este não seja o canal deles, mas eu também cheguei a gostar. Bolas, adorava o Mickey, o Pateta e as partidas dos três irmãos ao tio Donald. E, de repente, é só Hannah Montana e mais dois gémeos num barco sem piada e coisas do género.

Não que as velhas estrelas tenham sido esquecidas. Foram somente relegadas para programas da manhã dedicados às crianças mesmo nas idades de um dígito. São eles, essas personagens. Mas sem aquele brilho que, nestes últimos anos, fazia deles vintage.

Perdeu-se o espírito, é tudo o que eu digo.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Sei o que fizeste no Verão passado...

Ora aqui vamos nós no circo do costume. Começamos com o ilusionista Teixeira dos Santos, passando pelo domador de animais que é o Pinto da Costa, com o seu grande burro Filipe Vieira e a vaca Carolina. Agora passamos ao show de palhaços.
Nesta noite ventosa, tivemos o prazer de ouvir um interessante debate entre o eng. (?) Sócrates e o Dr. Paulo Portas. Que prazer do caneco. Estava eu a passear, o rádio a apanhar frequências ao calhas e, de repente... este bacanos. Tudo bem.
Apanhei o fim, diga-se.

O popular lá estava, falando na educação, e os professores que são injustiçados, e a avaliação dos professores que é baseada nas notas dos alunos e não no empenho, e o facilitismo...
E o personage rosinha que responde? "Xôtor, havia um filme chamado «Sei o que fizeste no Verão passado...»". Fantástico Zé Pinóquio! Tu és grande! Quem é que queria saber disto? Também eu vi esse filme. E um ou dois da sequela. Aquele gancho fazia-me c*gar todo de medo, diga-se. Bom filme. Mas o Zézinho com 6 ou 7 cadeiras de engenharia feitas partiu a louça toda.
Mas pronto. Tentanto dar algum sentido às palavras desta peça, digamos que ele queria usar a sua arma política da campanha que ele fez sempre desde que passou a líder do partido, durante as eleições e mandato, até agora: ataques constantes ao governo anterior, imediatamente ao dele, que só lá esteve 2 anos e meio. É lindo de ouvir. Pura poesia. E porque o governo anterior tinha isto num caos, e porque o governo anterior isto, e porque o governo anterior aquilo... Oh Zé Pino, e o governo onde tu andaste? Que até o Toneca se pôs a aviar com o c*gueiro entre as pernas? Foram não sei quantos anos a fazer m*rda que cheirava pior que a boca do João Malheiro, e só te lembras de falar em 2 anos e meio que nem tempo deu para ter ideias para resolver esse caos, que só vos deu a dor de cotovelo enorme quando a Europa convida um líder adversário para lá ir mandar. Não apoio tal, mas lá teve que ser...
E sobre o presente, que diz o Zé do Nariz? Que está tudo bem, que nem todas as medidas são bem recebidas e tal. Oh pá? Está tudo bem é? Então não sei quantos mil professores contra essa porcaria que a Milu do nariz à Michael Jackson insiste em levar a cabo. Eles é que estão mal. Tu e a tua meia dúzia de camandros de sorriso cínico é que estão bem. É quase como na parada do exército em que o soldado vai com o passo trocado e mãe diz "O meu filho vai bem, os outros é que vão com o passo trocado!". Está bem está!

O que mais me f*de é que esta peça, que eu ainda não sei onde a desenterraram, corre sério risco de ganhar. É a côr acima de tudo, e mais os JS's que são fanáticos pelo partido, depois vem a sua risquinha ao lado no cabelo e só depois é que vem o rectãngulo dos 10 milhões de Zés Povinhos. E, quem se lixa, é aqui o Zé e o Manel, que continuam a levar nas cascas com estas vergonhas todas e mais o tal serviço de saúde que faz inveja aos E.U.A. mas que deixa inveja mas é aos terroristas biológicos.

Não percam daqui a uns dias o próximos grande debate: Salazar Caça Coelhos Leite Coalhado contra o Lenine com 16 Anos de Olhos Sedentos de Poder Parte a Louçã Toda (Ferreira Leite vs. Louçã).

Promete, promete...