sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Debate

A corrente política na Tertúlia da Má Língua é, por demais, conhecida: só queremos que se vá tudo f*der, condigna e desenfreadamente. Tudo o resto é m*rda.

Serve este intróito para nos colocar no âmbito do contexto de que vamos conversar um bocado. Ora parece que, na noite passada, terá havido um debate entre candidatos a primeiro-ministro da República Portuguesa - reparem que o nome do nosso país é um regime político. António Costa e Pedro Passos Coelho degladiaram-se de argumentos a tentar conquistar votos via televisão, ponto. Quero, desde já, dizer que, ao contrário de todo o portuguesismo que me corre nas veias, os ataques que faça ao PPC são à sua figura política, não ao homem com quem simpatizo pelas dificuldades que tem na vida dados os problemas da mulher - um cancro dos bicudos não passa nem com todo o dinheiro que a corrupção possa desviar.

O mais engraçado deste tipo de eventos televisivos é que isto até parece a sério. Mais, não percebo como nas redes sociais, nos dias de hoje, ainda se degladiam jovens em favor de um ou de outro. É daqueles mistérios do género de continuar-se a chamar Isabel à Elizabeth ou de quem teve a estúpida ideia de um acordo ortográfico que os retardados da Tertúlia da Má Língua ainda não adoptaram. Choca-me ver que há gente, muito nova, que apoia ou detracta este ou aquele e, inevitavelmente, de 4 em 4 anos está ali a defender o gajo da mesma cor em todas as ocasiões. Sim, a cor. Questiona-se o que raio vai nas mentes da rapaziada para continuarem a ir numa onda que, simplesmente, tem arrastado o país para um fundo cada vez mais sem fundo. Sempre a cor e o partido. As "jotas", os empregos que estão garantidos mas que "deram trabalho", os blazers aos 21 anos, o orgulho de não emigrar, a "participação na sociedade civil" (pseudo-congressos para os jotas andarem de cartaozinho pendurado ao pescoço) e as cuspidelas na cultura, que não merece ministério, que tem um ego do tamanho do mundo, que só gasta dinheiro desnecessário, etc e mais não sei o quê. É nesta bosta que se revêm e é nisto que vão votar? Força, então.

Fico pasmado com esta malta, a sério que fico. Tanta enxada para trabalhar e eles andam com "yes we costa" e afins... Que lhes está na cabeça? M*rda cor de laranja ou cor de rosa "hemorroidas", dependendo do partido?

Sendo o Estado uma entidade que nos governa e que deveria ter os seus lugares como emprego disponível aos melhores candidatos, como podem os portugueses escolher sem ligar ao currículo? Como podem dar vivas e continuar a deixar que, quem tem o emprego mais no fundo na cadeia profissional (estar empregado ao serviço de 11M de cidadãos) possa encarar aquilo como cadeira de poder e onde se ganha mais e cada vez mais que o comum anónimo.

Ide, votai neles, força, continuai a ser comidos...