segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A raíz de todo o mal

Uma música muito popular dos anos 70 referia o seguinte: "Dinheiro [...] é a raíz de todo o mal hoje em dia". É verdade, sim senhor. Sem piada nenhuma, neste texto refere-se, somente, uma realidade: o mundo gira a dinheiro. É o grande interesse e a origem dos defeitos humanos. Ter o suficiente e, a partir daí, ter sempre mais. Ganhar poder através do dinheiro. Senão...

Porque, em tempo de crise, ganhamos poucas centenas ao mês e os gestores de topo ganham largos milhares?
Porque promessas políticas se desvanecem no início de cada mandato?
Porque um parlamento de um país tão pequeno é dos mais lotados em deputados no mundo?
Porque obras tão dispendiosas mas que exigiriam a compra de terrenos a certos magnatas insistiram em andar para a frente quando não temos dinheiro no país?
Porque, à frente do Governo, estão sempre os mesmos "cús"?
Porque é que os portugueses quando são pobres criticam e criticam e, quando se apanham ricos, deixam andar e só olham para o seu umbigo?
Porque é que somos banhados todos os dias com informação sobre cuidados paliativos e retrovirus HIV, que dão rios de dinheiro às farmaceuticas e acabam por atenuar uma morte certa, e vemos abafadas as notícias dos passos que se dão na ciência em busca de curas reais?
Porque avança lentamente a pesquisa de energias não poluentes, que hoje já são uma alternativa viável e limpa face ao petróleo?
Porque se fizeram as cruzadas, hoje encaradas como heroicas, mas, na realidade, uma chacina de inocentes e um rasto de pilhagens?
Porque há tanto interesse dos ocidentais em meter as "unhas" no oriente (sim, eles também se metem connosco, mas, e se, somente, os deixássemos em paz)?
Porque era o clero um poder tão proeminente nas monarquias cristãs da antiguidade?

A resposta para esta e outras muitas perguntas é uma: dinheiro.

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