sexta-feira, 19 de março de 2010

Poluto

Já me enche. A vocẽs não? São tempestades à porta da Primavera, chuvas no Verão, catástrofes aqui e ali. É um vento em pleno Março que faz com que não valha a pena dar um jeitinho ao cabelo de manhã - quase que preciso de um GPS para dar um passo que seja com o cabelo à frente dos olhos. É uma chuva tão chata que nem o chapéu de chuva serve para nos abrigar, pois ela entra por todos os lados.

Mas isto fomos nós todos que fizemos. A Natureza somente se queixa do que lhe temos feito há quase 200 anos.

O nojo que é ver certos condutores! Grande parte deles dão um ar de pessoas mesmo más, sempre na "ratice" para fazer mais um quilómetro sem ter que parar e dar prioridade a nada nem ninguém. E se tem alguém na passadeira a quem tẽm que ceder prioridade, buzinam e resmungam. E se vem outro condutor a entrar pela direita, com prioridade, mandam vir e fazem gestos feios. Andam às voltas e voltas num mesmo estacionamento quase atropelando as outras pessoas que lá tẽm que passar a pé para se deslocarem ou irem para o seu veículo. E muitos deses condutores não largam o carro. Para andar 500 metros pegam sempre no veículo. Para andar dentro da grande cidade lá vai o automóvel. Evitam os transportes públicos mais amigos do ambiente e juntam-se ao grande fenómeno do trânsito, contribuindo para as variantes da poluição - sonora, atmosférica... Em vez de deixarem a mer*a do carro na garagem e irem de autocarro, andam nisto.

Mas os condutores não são os únicos. Sendo que um cidadão comum pode ser condutor, um cidadão comum pode tomar as suas medidas para reduzir a poluição. Mas depois também a há em larga escala. Já não compete ao comum dos mortais parar o avanço da industrialização e urbanização.
As fábricas são cada vez mais e consomem mais energia. Poluem mais, para os empresários lucrarem mais e para os consumidores gastarem mais. E, para os tais dos condutores, que não sabem conduzir nas estradas que há e choram por melhores, são feitas mais infra-estruturas, consumindo Natureza virgem, que renovaria o nosso ar para respirar. As montanhas portuguesas cada vez têm mais auto-estradas... Algumas com tráfego reduzido.

E eu ainda ando a estudar para engenheiro. Para quê? Poluír mais?
Eles dizem "Ah e porque há engenharia ambiental e outras sobre energias limpas". Pois, agora que a mer*a está feita, tentam remediar. É para o que estamos.

2 comentários:

Unknown disse...

tens razão a poluição afecta a todos, e somos nós "todos" que nos projudicamos a nós próprios

cara cool disse...

Eh pá!... Eu quando li o título "Poluto" e vi a foto do cão no carro, pensei que se referia ao rafeiro e que este se chamava "Pluto"... Pois é, este o dilema da nossa civilização: progresso sim, poluição não! Uma solução equilibrada está difícil de conseguir. Um abraço