segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Filhos de Apolo

Se gostamos de ver gays? Não!
Se gostamos de ver lésbicas? Sim!
Se gostamos que, cada vez mais hajam gays? Sim!

E o que se discute aqui hoje? Não é o Licor Beirão. Em Portugal, com tantos problemas, tanta crise, tanto crime, discute-se o casamento homossexual. Alguns queriam referendos para o aborto. Esses mesmos não os querem para este assunto. Estamos entregues somente à assembleia da "Gaja das Mamas Grandes". E a nossa opinião?

Ora aqui na Má Língua as opiniões nunca são unânimes porque só queremos andar à marretada. Mas dizemo-vos o seguinte: que os paneleiros (vou usar esta palavra pela sua facilidade de dicção) se possam juntar como casal, sim. Mas chamem-lhe outra coisa que não casamento.
A homossexualidade não é uma doença, mas também não é uma escolha. Trata-se de uma deficiência. Não uma deficiência do ser, mas uma deficiência da Natureza. Esta foi criada perfeita e com o objectivo principal de perdurar, a partir da evolução e da reprodução. A reprodução é, por sua vez, algo único. É a geração de vida a partir da vida. No caso humano a reprodução praticada na sua forma mais ideal, implica amor, obviamente. Por a homossexualidade ser uma deficiência desta tão harmoniosa Natureza, os homossexuais devem ser tratados igualmente como seres humanos - primeiro ponto a ter em atenção. Está certo que nem todos são discretos. Pessoalmente mete-me nojo todas aquelas bichas que se pavoneiam, em fartura pela televisão maioritariamente, exultando as suas hormonas mal geradas. É algo simplesmente nojento. Depois as bichas que o fazem, sem saír do armário, gerando confusão como altas pêgas quando confrontados com o que se vê neles, provocam-me mesmo uma vontade de vomitar. Mas são seres humanos, vítimas da tal deficiência da Natureza. Respeitemo-los, saibamos viver com eles e dar-lhes o seu espaço neste mundo. Agora este respeito não passa de respeito, encara-los como se fossem outra pessoa qualquer. Tem os seus limites.

Concordo plenamente que haja uma modalidade de união para eles. Mas chamar-lhe casamento? O casamento é das coisas mais antigas do mundo e desde sempre uniu homem e mulher; é algo que deriva das religiões. O que é dos homossexuais é para ser respeitado, mas o que é dos heterossexuais também.
O heterossexual, que começa a escassear no planeta Terra, é um ser sexuado, com dois módulos diferentes: o homem e a mulher. Reproduzem-se e têm as suas relações entre sexos opostos. O homem tende a ser mais duro e impetuoso e a mulher tende a ser mais sensível e comedida, em regra. Para se unirem, geralmente celebram o seu matrimónio, no qual são reconhecidos perante a sua religião e a sua nação como uma família. a partir daí, ir-se-ão reproduzir (ou não), conforme o seu planeamento familiar assim o dite.
Não assinando por baixo, Manuela Ferreira Leite disse que o objectivo do casamento era construir família - reprodução. Não partilhando da sua frieza inata, tenho que concordar em parte com isso. O casamento celebra uma união da Natureza. Um homem e uma mulher, com todas as condições para serem felizes, terem filhos e os educarem sob os valores e as leis dessa mesma Natureza casam-se.
Dois paneleiros casar-se-iam? Pronto, admitamos. E depois? Reproduziam? Num futuro longínquo talvez. Adoptavam? Não digo nada que um dia a lei o permita. O puto? Era educado segundo valores humanos, obviamente, mas num ambiente feminino ou masculino demais. Por esse conceito de formação de família, proliferariam os paneleiros, uma falha na Natureza? Os miúdos filhos desses casais seriam a chacota do seu meio e grupo de amigos? Iriam estar preparados para o mundo heterossexual e/ou homossexual ou só para um deles? São muitas perguntas que se havia de fazer antes de avançar com uma lei do casamento. Não podemos avançar só porque queremos garantir igualdades. Temos de pensar de que forma é que podemos fazê-lo.

Apesar de já haverem as uniões de facto, que, desconhecendo a matéria, penso que conferem direitos semelhantes aos do casamento, talvez se devesse criar então esse módulo de união entre sexos iguais. Não lhe chamem o casamento pois talvez seja uma ofensa a quem é casado e é heterossexual. Se bem que não haveria de ser uma ofensa, talvez um dia deixe de o ser.

Antes era feio ser-se paneleiro. Depois tolerava-se. De repente, é moda. Será que, daqui a uns tempos, vai ser obrigatório?
Para todos os paneleiros, respeito e igualdade... e limites.

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